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Líderes internacionais pedem ao G7 que ajudem os países mais pobres a acelerar a vacinação

Carta subscrita por 230 figuras internacionais, incluindo uma centena de ex-chefes de Governo e ex-chefes de Estado, apela a que as economias mais ricas do mundo ajudem os países mais pobres a acelerar a vacinação.

Uma lista com 230 signatários, entre os quais mais de uma centena de antigos primeiros-ministros, governantes e chefes de Estado, apela aos membros do G7, as sete maiores economias do mundo, que assumam dois terços dos custos globais de vacinação contra a covid-19 no planeta.

A carta, citada pelo jornal britânico “The Guardian”, sublinha que as maiores economias do mundo devem assumir “um ponto de viragem na cooperação global”, lembrando que, enquanto no Reino Unido mais de 70% da população está já vacinada, na África subsaariana menos de 2% das pessoas foram vacinadas. De acordo com o “The Guardian”, entre os signatários estão Tony Blair, Gordon Brown, Ban Ki-moon e Richard Branson.

O documento, que pede um compromisso do G7 para assegurar dois terços dos 66 mil milhões de dólares de custos globais da vacinação, lembra que é do interesse das maiores economias que haja uma imunização global.

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“Ninguém está a salvo da Covid-19 até que todos estejam a salvo em qualquer parte”, alertam os signatários. “O apoio do G7 e do G20 que torne as vacinas prontamente acessíveis aos países de baixo e médio rendimento não é um ato de caridade, mas sim um ato do interesse estratégico de todos os países, e, como descrito pelo Fundo Monetário Internacional, é o melhor investimento público da história”, refere a carta.

A carta apresenta ainda um inquérito feito pela organização Save the Children segundo o qual 79% da população britânica admite que o G7 deve assumir este encargo para proteger o planeta. E em pelo menos cinco países (Estados Unidos, França, Alemanha, Canadá e Reino Unido) mais de 70% da população local admite que o seu país deve comparticipar esse esforço.

Citado pelo “The Guardian”, Gordon Brown colocou este custo em perspectiva. “Custando apenas 30 pence [35 cêntimos de euro] por habitante por semana no Reino Unido, é um pequeno preço a pagar pela melhor política de seguros do mundo”, apontou Brown, referindo que os ganhos económicos com a vacinação podem ascender a 9 biliões de dólares até 2025.