Trinta por cento do Fundo de Apoio Directo às Escolas será direccionado à compra de material de higienização para as instituições do ensino em todo o país, no contexto da prevenção da Covid-19, segundo anúncio feito ontem, em Maputo, pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH).
Para o presente ano lectivo, que arranca segunda-feira, foram destinados ao fundo 627 milhões de meticais, dos quais 524 serão canalizados para as escolas primárias e 103milhões para as secundárias.
Gina Guibunda, porta-voz do MINEDH, reconheceu na segunda-feira, numa conferência de imprensa, em Maputo, que esta verba não é suficiente para garantir os meios de protecção do novo coronavírus em todas as escolas, daí que o sector da Educação conta com o apoio de parceiros e encarregados de educação.
Explicou que o fundo não é alocado apenas às escolas devido à Covid-19, pois anualmente é disponibilizado para a aquisição de material prioritário de cada instituição.
Na ocasião, a porta-voz do MINEDH referiu que cerca de sete milhões de alunos retomam às aulas a partir da próxima semana, sendo que as cerimónias centrais de abertura formal do ano lectivo 2021 decorrerão na sexta-feira, no distrito de Monapo, província de Nampula.
Indicou que 9.300 professores foram contratados, dos quais pouco mais de oito mil para o ensino primário e 490 para o secundário.
Guibunda apelou aos pais e encarregados da educação para que matriculem os alunos, explicando que o ministério autoriza a continuação das inscrições para novos ingressos após a data oficial do encerramento.
“Até ao momento, alcançamos 84,3 por cento e queremos que todos os alunos estejam inscritos no Sistema Nacional de Educação”, disse.
Para o ano lectivo 2021, está previsto que as turmas sejam compostas apenas por 25 alunos. As turmas que não excedam 25 alunos deverão leccionar as aulas todos os dias. Os alunos deverão ser organizados um por carteira, respeitando o distanciamento de 1,5 metro. A duração das aulas por dia será de 4.30 horas. As turmas com mais de 25 alunos deverão leccionar em dias alternados, incluindo aos sábados.
Devido à dificuldade de prover o curso nocturno no presente ano lectivo, deve-se garantir que os alunos matriculados neste turno frequentem o ensino à distância.
Guibunda assegurou estar tudo a postos para o arranque do ano lectivo, que vai compreender 33 semanas e três períodos.
Por sua vez, o sector da Saúde garantiu que vai monitorar a ocorrência de possíveis casos daCovid-19 nas escolas e dar o devido seguimento.