O Presidente da República espera manifestação de “firme propósito” da parte da União Africana na luta contra o terrorismo em Cabo Delgado. Filipe Nyusi expressou o desejo durante a abertura da 34ª cimeira do órgão, que decorreu de forma virtual de sábado até domingo (07).
Desde a eclosão do terrorismo em Cabo Delgado, há mais de três anos, a União Africana ainda não se pronunciou em relação a algum apoio concreto ao país.
Na busca pela assistência logística, capacitação e treinamento das Forças de Defesa e Segurança, Moçambique formulou um pedido à União Europeia. Entretanto, Filipe Nyusi acredita que a União Africana ainda pode fazer a sua parte, de forma específica, para ajudar no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
No primeiro dia da 34ª cimeira dos chefes de Estado e de Governo da União Africana, Filipe Nyusi abordou a questão do terrorismo em Cabo Delgado, como um dos problemas que o país quer eliminar.
“Em relação aos desafios da área de paz e segurança, permitam-me realçar, perante esta augusta assembleia [da União Africana], a ameaça do terrorismo e o radicalismo violento que o meu país tem vindo a ser vítima”, afirmou o Chefe do Estado, sem, no entanto, deixar de expressar gratidão pela disponibilidade em apoiar Moçambique, manifestada por alguns países do continente.
“Queremos manifestar a nossa imensa gratidão pelo apoio e pela solidariedade que temos vindo a receber, por parte da nossa região, como de grande parte dos países irmãos, aqui presentes [na União Africana]”, disse o Presidente da República, reiterando que o povo “é grato pelos apoios para fazer face às vicissitudes humanitárias, às mortes e à destruição perpetuadas por esses actores [terroristas] sem rosto”.