A União Europeia (UE) condenou as demolições em grande escala de habitações e infraestruturas palestinianas por Israel e exigiu o abandono dos projetos de destruição de escolas.
Os europeus protestam contra a demolição de mais de 70 habitações e instalações sanitárias de 11 famílias palestinianas, incluindo 41 crianças, em Khirbet Hamsa al-Foqa, no norte do vale do Jordão, declarou num comunicado o porta-voz do chefe da diplomacia europeia Josep Borrell.
“Esta demolição em larga escala confirma uma vez mais a tendência lamentável das confiscações e das demolições desde o início do ano”, lamentou.
“Junta-se à ameaça de demolição da escola palestiniana da comunidade de Ras Al-Teen, no centro da Cisjordânia, que foi cofinanciada pela UE e vários Estados membros” da União, sublinhou, precisando que 52 escolas palestinianas estão ameaçadas de demolição.
A UE lembrou que “a educação é um direito humano fundamental que deve ser protegido e mantido”.
“Tais desenvolvimentos constituem um obstáculo à solução de dois Estados. A UE pede uma vez mais a Israel para acabar com todas estas demolições, incluindo de estruturas financiadas pela UE, tendo em conta nomeadamente o impacto humanitário da atual pandemia de coronavírus”, indicou.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro palestiniano, Mohammed Shtayyeh, disse que “as forças de ocupação israelitas demoliram (…) completamente” no dia anterior uma aldeia beduína “deixando cerca de 80 habitantes sem casa”, indicando tratar-se da “maior obra de destruição” contra os palestinianos no vale do Jordão.