Um total de 22 pescadores foram surpreendido pelos fiscais do Parque Nacional da Gorongosa, a transportar peixe envenenado.
Pedro Muagura, Administrador do Parque, indica que este peixe foi capturado nos rios Urema e Púnguè. Após ser processado seria em seguida transportado em fardos e vendido ao público em diversos centros urbanos, com destaque para diversas vilas e cidades como Beira, Dondo, Chimoio, Nhamatanda e até Alto Molócuè na Província da Zambézia.
As autoridades sanitárias explicam que os pescadores teriam esfregado insecticidas, na carne do peixe para afastar moscas e insectos para que não apodrecesse. Acrescentam que os tipos de insecticidas encontrados como a Cloroacetanilida, piretroides e organofosforados, são também tóxicos para humanos. Assim o consumidor deste peixe fica em elevado risco de desenvolver efeitos colaterais como por exemplo: – Diversos tipos de tumores – Atrofia (diminuição) testicular – má formação do feto durante a gravidez – danificação dos rins, Vómitos, dores abdominais, náuseas – úlceras na boca – perda de coordenação motora, fadiga, convulsões, paralisia e morte.
Diante desta situação, Pedro Muagura, Administrador do Parque, encorajou os detidos a procurarem outras formas de sobrevivência e absterem-se destas práticas ilegais
Ainda durante o processo de investigação, a Fiscalização do Parque Nacional da Gorongosa e a Polícia da República de Moçambique, constataram outras infracções, nomeadamente, ausência de licenças de pesca e licenças de pesca caducadas – Violação dos Limites do Parque Nacional da Gorongosa – Uso de redes com dimensões abaixo do autorizado. Sendo este um acto ilegal que periga a vida Humana, os detidos estão sujeitos as penas de prisão maior. Os detidos foram encaminhados para o Ministério Público.