Sociedade Nove pessoas desapareceram depois de um naufrágio em Inhambane

Nove pessoas desapareceram depois de um naufrágio em Inhambane

Numa semana em que o sector de pesca aguarda ainda pelos resultados da caça do tubarão, que já atacou duas pessoas, onde uma ficou sem o braço esquerdo e a outra que perdeu a vida, pelo menos nove pessoas de sexo feminino desapareceram na sequência de um naufrágio, ocorrido na tarde da última terça-feira (27/10/2015) na região de Babalaza, cidade de Inhambane, província meridional do mesmo nome.

O incidente ocorreu durante o regresso da pesca de camarão e amêijoas, quando o barco avela denominado KOKO-TINGA, com o Número IB-30/P, naufragou como consequência de uma vaga de ondas gigantes que fustigou aquela região.

O patrão-mor da Administração de Inhambane, António Nhanala disse que das 10 pessoas que se encontravam na embarcação, apenas o marinheiro José Nguila foi resgatado com vida. Segundo Nhanala, na altura do incidente não se encontrava por perto qualquer embarcação que poderia salvar as vitimas que seguiam abordo do barco de pesca.

Citando relatos do marinheiro da embarcação, José Nguila Bata de 38 anos de idade natural e residente no bairro Josina Machel, cidade de Inhambane, o único que foi resgatado com vida disse que a tentativa de salvar algumas pessoas foi um fracasso devido as ondas gigantes que se faziam sentir na altura.

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Fomos surpreendidos por uma vaga de ondas gigantes, o barco começou a admitir água pelos lados e as senhoras, assustadas, foram-se confinar num lado, é por esta razão que a embarcação afundou porque entrou muita água daquele mesmo lugar”, explicou Nguila.

Entretanto, referir que das nove pessoas tidas como desaparecidas do naufrágio, 3 foram encontradas na manhã da última quarta-feira, uma em Linga-Linga, a segunda em Conguiana e a terceira vítima na Praia da Barra, que aliás, esta última foram encontrados apenas os ossos, o que leva a crer que a vítima teria sido devorada pelo tubarão. Ainda continuam as buscas.

Anastácio Marcelino