As zonas norte e centro do país continuam a ser assoladas pelo surto da cólera e actualmente voltaram a ser preocupação os casos malária, incluindo a epidemia da dengue na província de Nampula.
São, no total, 6205 casos de cólera com 49 óbitos registados no intervalo de Janeiro até a primeira semana de Março, perfazendo uma taxa de letalidade 0.8 %, o que significa que os centros de saúde estão a responder aos cuidados pois a taxa de letalidade recomendada pela OMS é de 1%.
Nas últimas semanas registou-se uma significativa redução de casos confirmados, mas a província da Zambézia registou um ligeiro aumento de casos.
Várias acções estão a ser desencadeadas pelo Ministério da Saúde, desde as jornadas de limpeza, educação sanitária, sensibilização sobre o uso correcto das latrinas e o processamento cuidadoso dos alimentos.
O governo, por meio dos governadores provinciais, está engajado no trabalho da redução e controle da doença.
Segundo a directora adjunta de saúde publica, Maria Benigna Matsinhe, a província de Tete é a mais afectada pela chamada “doença das mãos sujas”, totalizando 3.222 casos diagnosticados, com maior número de óbitos somados em 49 pessoas. Porém, a província do Niassa é que regista o maior nível de taxa de letalidade (1.5%) facto que está a preocupar as autoridades sanitárias.
No que diz respeito à malária, Matsinhe disse que foram assistidos 906.368 casos, dos quais 273 resultaram em óbitos, de Janeiro à Março, contra 1 milhão de casos de malária e 446 óbitos em igual período de 2014.
Face à desinformação, o MISAU está a trabalhar no sentido de contemplar todos membros da sociedade civil nestas campanhas, incluindo os principais líderes de opinião nas comunidades, tal é o caso da Associação dos Médicos de Tradicionais de Moçambique (AMETRAMO), professores, entre outras camadas sociais.
Ainda de acordo com a fonte, amostras colhidas pelo MISAU confirmam a existência do surto da dengue em Nampula, com cerca de 110 casos diagnosticados, o que segundo ela a instituição que zela pela saúde dos moçambicanos já está a monitorar e desencadear campanhas de prevenção de modo a conter a epidemia.