Economia Livre circulação entre Moçambique e Angola está para breve

Livre circulação entre Moçambique e Angola está para breve

Aiuba Cuereneia, ministro da Planificação e Desenvolvimento de Moçambique,  disse ontem que a livre circulação de pessoas entre Angola e Moçambique está para breve,  aguardando-se apenas pela resposta das autoridades angolanas.

Questionado sobre a importância da livre circulação de pessoas, bens e serviços no espaço dos países lusófonos para fomentar a criação de negócios, Aiuba Cuereneia respondeu que ”o papel dos governos, nesse sentido, pode chegar à liberalização de movimentos” e lembrou que “em Moçambique, não exigimos visto a ninguém da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), excepto no caso de Angola”.

No entanto, acrescentou que a isenção da necessidade de vistos para Angola está para ”breve”, as negociações estão em curso, e na próxima reunião da comissão mista vai sair alguma coisa, o dossier está com os ministros dos Negócios Estrangeiros, salientando que Moçambique está disponível, mas falta a resposta de Angola.

A livre circulação de pessoas, bens e serviços no espaço lusófono foi um dos aspectos defendidos pelo ministro moçambicano à margem de uma conferência que decorreu em Lisboa, no âmbito das comemorações dos dez anos da Confederação Empresarial da CPLP, que se assinala esta semana.

“É preciso um conhecimento mútuo, os empresários devem saber aquilo que ocorre num país e as oportunidades noutros países, e acredito muito nas parcerias”, disse Cuereneia.

“Os que querem investir noutro país têm de fazer parcerias com esses países, e o papel dos governos diz respeito ao estabelecimento de acordos para garantir aos empresários a confiança mútua que se investir em determinado país, não vai perder dinheiro, daí que devam ser estabelecidos acordos sobre dupla tributação, protecção de investimentos, acordos sobre movimentação de pessoas e empresários”, concluiu