Com razões e critérios ainda por explicar – se é que existem –, o presidente da República, Armando Guebuza, condecorou na manhã de ontem o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Jorge da Costa Khálau, com a “Ordem Samora Machel” do 1º Grau.
É uma condecoração atribuída com o objectivo de valorizar os actos excepcionais de coragem, sacrifício, solidariedade, empenho pessoal e dinamismo de direcção. Ou seja, na óptica de Armando Guebuza, o comandante-geral da Polícia tem-se notabilizado por actos excepcionais e sacrifício pela pátria.
Mas a nível da opinião pública, Jorge Khálau não tem assim muita boa fama de “actos excepcionais”. É duramente criticado por nada estar a fazer para combater o crime que está a atingir níveis calamitosos com os raptos a serem apontados como o pomo da incapacidade policial. Khálau tem sido amplamente criticado pela sua postura autoritária que já o fez desacatar até ordens do tribunal.
Em épocas eleitorais, a Polícia tem-se destacado como “braço armado” do partido no poder ao promover detenções de membros da oposição e facilitar enchimentos de urnas a favor do partido Frelimo.
Mas, mesmo assim, o comandante dessa mesma Polícia foi achado excepcional pelo chefe de Estado, Armando Guebuza.
O presidente da República condecorou também 111 individualidades e quatro instituições, desde as artes, as letras, a ciência e a libertação. As várias individualidades foram distinguidas com os seguintes títulos: “Herói da República de Moçambique”, “Ordem Samora Machel” DO 1º e 2º Graus, “Ordem 25 de Junho”, “Ordem Militar 25 de Setembro”, “Ordem 04 de Outubro”, “Medalha Bagamoyo”, “Medalha Veterano da Luta de Libertação de Moçambique”, “Medalha de Mérito de Polícia”, “Medalha de Mérito Académico”, “Medalha de Mérito da Ciência e Tecnologia” , “Medalha de Mérito Combate à Pobreza”, “Medalha de Mérito Artes e Letras”, “Medalha de Mérito Artes e Letras”, “Medalha de Mérito do Trabalho”.
“Moçambique continua unido”
Discursando na ocasião, o presidente da República disse que Moçambique continua unido, apesar das diferenças existentes entre diversos actores da sociedade moçambicana.