O vice-ministro de Juventude e Desportos, Carlos de Sousa, que procedeu à entrega dos respectivos títulos aos primeiros contemplados, congratulou os jovens explicando que a iniciativa do município enquadra-se nos esforços do governo que consiste em apoiar os jovens para reduzir os custos de construção de habitação.
Os talhões, um total de 100 parcelados no bairro Kape-Kape, novo bairro de expansão da vila, a cerca de dois quilómetros do centro da vila, fazem parte de um conjunto de três mil talhões que serão demarcados naquela zona da expansão, que recebeu como primeira grande infra-estrutura social, o novo aeródromo municipal.
Carlos de Sousa apelou aos jovens para mobilizarem os recursos necessários para a exploração dos terrenos concedidos para os fins já definidos, que é a habitação e não para outras actividades e muito menos trespassar para outros.
“Este bairro foi definido pelo município para os jovens, portanto, gostaria de um dia voltar para este local, encontrar os jovens que estou a entregar os títulos e viver aqui com as suas famílias. Gostaria que as casas tivessem uma planta tipo que fosse observada por todos”, desejou aquele governante.
Ana Salvador Murrure, funcionária do conselho municipal, uma das jovens contempladas disse na ocasião que o gesto da edilidade é bastante louvável, porque alivia aos jovens que precisam de ter casa própria.
“Estou bastante aliviada, tinha muitas dificuldades para ter onde implantar minha casa, vivo numa casa alugada com os meus dois filhos e agora, com este gesto, vou começar a projectar a minha vida”, declarou Ana Murrure depois de receber o título do seu talhão.
Para Naldo João Matsovela, 31 anos de idade, pai de três filhos e residente também numa casa alugada no quarteirão I no bairro Matingane, considerou de bastante louvável a iniciativa da edilidade em apoiar os jovens na organização da sua vida.
“Aqui na Massinga, já não é fácil ter espaço físico para a construção de habitação. Um espaço de 40 metros por 20 contendo benfeitorias, é vendido pelos detentores a preços que variam de 50 a 70 mil meticais, valores que ultrapassam a capacidade dos jovens que acabam de ter emprego ou ainda na faculdade. Assim, o espaço que recebi hoje só vou pagar um valor simbólico de dez mil meticais ao município”, disse Naldo Matsovela.
O presidente do Conselho Municipal de Massinga, Clemente Boca, disse que era sua intenção dar aos jovens mais do que simples terreno, entretanto as limitações orçamentais na instituição só permitiram que por enquanto fossem distribuídos talhões.
“Entregamos 100 talhões a igual número de jovens, reconhecemos que ainda é muito pouco para as necessidades locais, como também gostaríamos de fazer muito mais do que fizemos. Por agora é isto, mas vamos continuar acompanhar a evolução dos nossos jovens no capítulo de habitação”, prometeu Clemente Boca.