Sociedade Criminalidade Malfeitores torturam e roubam no S. Dâmaso

Malfeitores torturam e roubam no S. Dâmaso

Ao que apurámos, de modo a forçar o casal Virgínia e Sebastião Mathusse a entregar todos os haveres exigidos, os criminosos recorreram a um ferro de engomar eléctrico quente, com o qual queimaram a zona da perna e das nádegas do chefe de família. Não resistindo às sevícias, Sebastião Mathusse entregou 75 mil meticais resultantes de um empréstimo feito numa instituição bancária para o recheio do seu pequeno estabelecimento comercial.

Ainda na acção de pressão às vítimas para satisfação das suas vontades, os bandidos desferiram uns golpes com recurso a uma sovela (instrumento usado pelos sapateiros para coser sapato) nas costas de uma neta do casal, causando-lhe ferimentos graves.

Comovidos com a acção macabra dos malfeitores, uma vez que a menor sangrava e gritava de dores, Mathusse foi cedendo às exigências da “gang”, acabando, igualmente, por entregar as chaves da sua camioneta de marca Toyota, chapa de inscrição AAV 048 MC. Foi este meio circulante que os criminosos usaram para transportar todos os bens de valor encontrados dentro de casa, entre eles móveis, vestuário e jóias.

Mathusse contou que, para se introduzirem na sua residência, os amigos do alheio, munidos de quatro armas de fogo e instrumentos contundentes, transpuseram o muro de vedação. De seguida cortaram os cadeados da porta de grades que dá acesso à varanda e, acto contínuo, destruíram completamente a porta principal. “Eu só me apercebi da presença deles quando tinham arrombado a porta. Foi tudo muito rápido, submeteram-nos a torturas, disseram-nos para darmos dinheiro como condição para nos deixarem com vida. Porque eram muitos, uns no interior da residência e outros no quintal de vigilância, acabámos cedendo”, disse transtornado Sebastião Mathusse.

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O nosso interlocutor contou que esta é a segunda vez que assaltantes à mão armada “visitam” a sua casa. Na primeira vez roubaram duas baterias e acessórios de uma viatura. Devido a queimaduras, Mathusse está impossibilitado de vestir calças, razão por que é obrigado a amarrar capulana. A perna esquerda foi a que mais sofreu com a acção dos malfeitores.

Entretanto, João Machava, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), na província de Maputo, disse que depois de a corporação tomar conhecimento deste caso iniciou um trabalho com vista à neutralização do grupo. Disse haver algumas pistas que conduzam à localização dos criminosos, escusando-se, no entanto, a entrar em detalhes para não perturbar as investigações.

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