O mesmo cenário registou-se na terminal rodoviária da “Junta”, na capital do país, com os autocarros a partirem com passageiros para os diversos pontos, incluindo os que tinham como destino a região norte do país.
Segundo o Director Provincial dos Transportes e Comunicações em Sofala, Hélcio Canda, todas as carreiras interprovinciais programadas para ontem foram realizadas, mas sob escolta desde o Inchope até ao Save.
Hélcio Canda disse esperar que a circulação se mantenha de modo a garantir o transporte de pessoas e bens de e para a província de Sofala.
Soubemos ainda que no entroncamento de Inchope o movimento de pessoas e viaturas é bastante desusado, pois o local tornou-se paragem obrigatória para todos os viajantes dos dois corredores, nomeadamente N1 e N6 ligando o norte/centro e sul e Beira/Machipanda ou Beira/Tete, respectivamente.
Entretanto, informações apuradas pela nossa Reportagem, na Beira, indicam que o ambiente continua calmo na sede do Posto Administrativo de Muxúngùe, com todos os serviços a funcionarem normalmente.
De acordo com a respectiva Chefe do Posto, Páscoa Mambara, em entrevista telefónica ao nosso Jornal, a situação ontem estava calma na sua área de jurisdição com a população entregue aos seus habituais afazeres.
Segunda ela, todas as viaturas estão a transitar num e noutro sentido sem quaisquer perturbações.
Em Maputo, concretamente na terminal da “Junta”, os transportadores igualmente pouco ou nenhuma importância ligaram às ameaças da Renamo, fazendo-se à estrada no cumprimento do estabelecimento da ligação rodoviária entre o norte e o sul do país e vice-versa.
“ Se eles (da Renamo) não querem fazer nada que deixem ao menos aos outros trabalharem. É simplesmente um absurdo que por um indivíduo ter acordado mal disposto venha dizer que vai paralisar um país inteiro. No mínimo é falta de respeito e consideração para com o povo”, desabafou o transportador Tiago Cassamo, preparando-se para arrancar com destino a Pemba.
Por seu turno, Inês Infante, gestora da terminal da “Junta”, confirmou que a actividade dos transportadores processou-se ontem normalmente, encorajada de certa forma pelas garantias dadas pelo Governo, segundo as quais as forças de defesa e segurança estariam no terreno para permitir a circulação e zelar pela segurança da vida das pessoas e dos seus bens.
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