Economia Gaza – Capital humano pode impulsionar desenvolvimento – afirma Lourenço Sambo

Gaza – Capital humano pode impulsionar desenvolvimento – afirma Lourenço Sambo

Esta consideração foi feita, na última sexta-feira, pelo director do Centro de Promoção de Investimentos (CPI), Lourenço Sambo, no decurso de uma palestra que proferiu aos estudantes e docentes do Instituto Superior Politécnico de Gaza (ISPG), em Lionde, no distrito de Chókwè.

Segundo ele, é preciso criar internamente homens de negócios, incentivar investidores nacionais e criar condições de comercialização adequadas, para que os operadores económicos, possam trabalhar com segurança e aceder, facilmente, aos mercados.

De acordo com a fonte, não pode ser, de forma nenhuma, o operativo tentar atrair potenciais interessados para a aquisição, por exemplo, do tomate nas condições precárias em que se encontra, actualmente, a principal estrada que dá acesso ao Chókwè, sobretudo no troço entre a vila da Macia e aquela cidade.

Segundo ele, devido a essa limitante, o mercado sul-africano de tomate voltou a ganhar maior expressão, em prejuízo dos moçambicanos porque, ainda de acordo com suas palavras, hoje sair-se de Maputo a Nelspruit é muito mais confortável, que viajar da capital do país até Chókwè, para a realização daquele tipo de negócio.

Uma outra questão que deve ser acautelada para se tornar o mercado nacional mais competitivo e atraente, na óptica daquele palestrante, tem a ver com a necessidade de se investir na embalagem e armazenagem dos produtos.

Gaza - Capital humano pode impulsionar desenvolvimento - afirma Lourenço Sambo

Por outro lado, Chókwè, apesar de ser um potencial produtor do arroz devido aos investimentos públicos feitos pelo Governo, necessita entretanto de ser suficientemente equipado de silos, para a conservação desse cereal.

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Segundo Sambo, a aposta do executivo moçambicano em criar institutos superiores politécnicos, se mostra de extrema relevância por constituir uma das fórmulas encontradas para a criação de uma nova classe empresarial, “porque em todo o mundo isto é assim, os empresários não nascem do nada, são criados e alguém tem que criar essa motivação para que eles surjam,” disse o director do CPI.

Durante a sua comunicação aos estudantes e professores do ISPG, o director do CPI falou da necessidade contínua de incentivo ao desenvolvimento do sector privado, no país, no processo de diversificação da estrutura produtiva, que deve contemplar duas linhas de actuação, nomeadamente o fortalecimento do segmento empresarial já existente, a ampliação da sua capacidade de investimento actualmente confinada ao capital próprio, devido à fragilidade do sistema bancário local

Para isso, segundo Sambo, é necessário que se constitua um mercado de capitais, que possa contribuir para a ampliação dos financiamentos a longo prazo e viabilizar-se a abertura de capitais de empresas moçambicanas.

Disse ainda ser necessário a constituição de um segmento expressivo de pequenas e médias empresas eficientes, capazes e com condições para apostar em escalas maiores de operação a médio e longo prazo.

Para tal, importa que se encontrem fórmulas para se fazer face à actual fraca capacidade de mobilização de recursos financeiros para a realização de investimentos, para além de se trabalhar bem na remoção de problemas de natureza institucional que concorrem para as dificuldades ora prevalecentes.

Jornal Noticias