O reitor da Universidade Católica de Moçambique (UCM), padre Filipe Sungo, sublinhou a importância do diálogo político nacional inclusivo como uma exigência ética e epistemológica, que deve promover a mudança nas mentalidades dos moçambicanos, visando uma convivência pacífica e o progresso do país.
Sungo fez esta declaração durante a XIV cerimónia de graduação da Faculdade de Engenharia da UCM e a XII do Instituto de Ensino a Distância, realizada na cidade de Chimoio, província de Manica.
Neste evento, foram graduados 338 alunos, dos quais 306 obtiveram o grau de licenciatura, 31 de mestrado e um doutoramento. O corpo estudiantil era composto por 203 mulheres e 135 homens.
Em seu discurso, o reitor destacou a necessidade de um diálogo verdadeiramente inclusivo, que abarque todos os estratos da sociedade. “O verdadeiro diálogo inclusivo nasce da escuta do outro e da realidade concreta do país”, afirmou Sungo, que considerou este diálogo um caminho para a reconciliação e para a construção de uma cidadania partilhada, baseada na dignidade humana e na justiça.
Sungo ainda fez notar que ser inclusivo implica o reconhecimento de que ninguém é dispensável na construção do bem comum, enfatizando que a efectividade do diálogo depende de um espírito de verdade e respeito pela diversidade das vozes que integram a nação. Ele expressou a convicção de que este diálogo pode resultar em mudanças significativas na sociedade.
Actualmente, o diálogo político nacional em Moçambique encontra-se na fase distrital, com o intuito de dar voz a todos os cidadãos e propiciar uma comunicação que conduza a uma paz efectiva.
Durante a cerimónia, a Faculdade de Engenharia da UCM apresentou no mercado de trabalho um total de 146 graduados, incluindo 31 mestres e 114 licenciados, abrangendo várias áreas como engenharia alimentar, civil, electrotécnica, mecânica, agronomia, direito, economia e tecnologia da informação.
O Instituto de Educação a Distância graduou 192 licenciados, sendo 143 do sexo feminino, com formações em diversas disciplinas do ensino.
O Secretário de Estado na província de Manica, Lourenço Lindonde, incentivou os graduados a serem agentes de mudança e a utilizarem os conhecimentos adquiridos nas suas áreas de formação, sublinhando a importância das tecnologias no processo de desenvolvimento do país.
A cerimónia de graduação coincide com os 30 anos de existência da UCM em Moçambique, destacando a relevância da instituição no panorama educativo nacional.