Os trabalhos, segundo fonte da empresa, vão incidir sobre a chamada Secção 17, no troço entre o cruzamento da Moamba e o bairro de Mahlampswene, no Município da Matola, cujas condições de conservação têm alimentando vagas de protesto dos utentes.
Sobre o mau estado em que a via se apresenta neste troço, a TRAC reitera que tudo tem a ver com o incumprimento do regulamento de transporte de carga, lacuna que tem sido aproveitada por alguns transportadores que circulam com veículos com excesso de carga.
No caso do troço Moamba-Mahlampswene aquela companhia diz que a rápida degradação das faixas de rodagem está directamente ligada à circulação de camiões carregados de inertes, provenientes de pedreiras e areeiros localizados no distrito da Moamba. Tais veículos, segundo a fonte, já adoptaram vias alternativas para se furtar dos mecanismos de controlo impostos nomeadamente na báscula da Texlom, onde a TRAC, em parceria com a Polícia, impõe medidas contra os transportadores que circulam com excesso de carga, que vão desde o descarregamento da mercadoria até à aplicação de multas de acordo com o nível da infracção.
“Como concessionários, estamos preocupados com a maneira negligente como este assunto tem estado a ser tratado em Moçambique. Na verdade, é uma prática que coloca muita pressão sobre a estrutura da estrada, que a médio e longo prazos significa biliões de meticais em custos para a reparação dos estragos”, refere a TRAC em comunicado.
As obras previstas na N4 incluem, além da reabilitação do pavimento, a colocação de sinalização vertical e horizontal em pontos previamente identificados, a instalação de iluminação pública de modo a incrementar os níveis de segurança na condução, sobretudo nocturna.
Paralelamente, segundo dados apurados pela nossa fonte
, a concessionária investiu oito milhões de meticais para a instalação de equipamentos electrónicos de cobrança de tarifas de portagem em Maputo. Ligado a este esforço de aumentar a fluidez do tráfego na N4, outros cerca de 16 milhões de meticais foram investidos na abertura de faixas expresso destinadas, exclusivamente, a clientes usuários do serviço e-tag, sendo uma no sentido Maputo-Matola e outra no sentido inverso.
Sobre o incremento dos volumes de tráfego, aquela firma considera tratar-se de um indicador do crescimento da economia de Moçambique ao qual se impõe a realização de investimentos visando assegurar o seu rápido escoamento, reduzindo os tempos de viagem e consequentemente o custo das transacções que se fazem entre as cidades de Maputo e Matola.
Sobre a possibilidade de se aumentar o número de faixas de rodagem na N4, sobretudo no troço entre Maputo e Matola, a nossa Reportagem apurou que se trata de uma matéria que está a ser objecto de análise a nível da companhia que, entretanto, reconhece que, nesta fase, essa seria uma das soluções a ter em conta no esforço visando flexibilizar o tráfego de viaturas entre as duas cidades.
Jornal Noticias