Sociedade Meio Ambiente Abastecimento de água potável em 2012: Estabelecidas 79 mil ligações domiciliárias

Abastecimento de água potável em 2012: Estabelecidas 79 mil ligações domiciliárias

No âmbito do Plano Económico e Social de 2012, segundo dados partilhados recentemente entre os doadores e a Direcção Nacional de Águas, tinham sido planificadas um total de 67578 ligações domiciliárias, número este que foi superado.

Nos sistemas secundários não foi possível o estabelecimento de ligações domiciliárias e fontenários devido, sobretudo, a atrasos na execução das obras. No processo de ligação, regista-se baixa procura pelo serviço de fontanários e uma maior preferência dos beneficiários para as ligações domiciliárias.

Dos 13 estudos planificados para intervenções em sistemas das cidades e vilas, foram elaborados projectos para a expansão da rede de distribuição para oito sistemas de abastecimento de água. Destaque vai para a realização de estudos de viabilidade técnica, ambiental e social para o abastecimento de água na área metropolitana de Maputo, cuja fonte é a barragem de Corumana.

Segundo a avaliação da DNA e dos parceiros de cooperação, no ano passado o sector teve como realizações de vulto a inauguração da estação de tratamento de águas residuais da cidade da Beira, da conclusão das obras dos reservatórios escavados de Mucuine I e II, a construção e ou reabilitação de 2378 fontes de água dispersas e de 35 pequenos sistemas de abastecimento de água nas zonas rurais.

Abastecimento de água potável em 2012: Estabelecidas 79 mil ligações domiciliárias

Ainda no mesmo ano foram implantadas 69903 latrinas melhoradas e tradicionais, 79165 ligações domiciliárias, bem como a construção de 50 estações hidroclimatológicas.

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As duas partes reconheceram, contudo, que ainda há muito a fazer para a melhoria dos serviços de saneamento e de abastecimento de água para cada vez mais moçambicanos.

Uma das prioridades definidas na agenda de cooperação no sector de águas para os próximos anos, tem a ver com a construção de mais infra-estruturas de regulação e armazenamento de água bem como a melhoria da capacidade de prevenção e gestão de risco de inundações para a protecção da população e bens contra as cheias.

As duas partes reconheceram a necessidade de soluções duradouras e sustentáveis para fazer face a situações como as ocorridas na bacia do Limpopo.

Segundo dados avançados na ocasião, o nosso país possui uma das mais baixas taxas de armazenamento de água (apenas cinco por cento excluindo a albufeira de Cahora Bassa).

Esta baixa taxa de armazenamento, associada ao facto de mais de 50 por cento dos escoamentos gerados a montante serem drenados para o nosso país, coloca Moçambique numa situação de grande dependência no que concerne à disponibilidade de recursos hídricos bem como a vulnerabilidade a ocorrência de eventos extremos como cheias e secas.