Com a elaboração e consequente entrada em funcionamento do referido instrumento, a cidade de Nampula poderá ver igualmente estabelecidos os princípios de sustentabilidade ambiental, de desenvolvimento da rede de acessos intra e inter-municipal para além dos parâmetros sociais que devem orientar a ocupação do território autárquico, a eliminação de assimetrias sociais e de privilégios na distribuição das redes de infra-estruturas, serviços e equipamentos sociais. Segundo Namuaca, estes são alguns dos objectivos que o actual plano de estrutura urbano não tem conseguido responder (especificamente o de eliminação das assimetrias sociais e privilégios entre as áreas residenciais do mesmo espaço autárquico, mais concretamente entre o centro da cidade e a periferia).
Com efeito, as comunidades que vivem na maioria dos quatro postos administrativos urbanos, como são os casos de Namicopo, Muhala, Napipine e Natikire, carecem de infra-estruturas, especialmente rodoviárias para a ligação entre os bairros, além de infra-estruturas de acondicionamento e recolha de lixo, entre outros.
Por outro lado, o crescimento que se regista da população urbana (que de 1980 a 2007 passou de 93.582 para 477.900 habitantes, respectivamente), exige das autoridades municipais o redobrar de esforços na gestão da autarquia.
Ocupando uma superfície de 404km2, a cidade de Nampula é a terceira maior cidade do país.
O presidente do município reconhece que a cidade de Nampula, principalmente os seus arredores, já não aguenta com a pressão exercida sobre ela. Para além da necessidade de se fazer a requalificação dos assentamentos informais para reduzir a desordem que se regista na ocupação dos espaços, é urgente identificar novas áreas de expansão populacional e económica.