Para o Corredor de Nacala, para onde está a ser dirigido um dos grandes programas na área da agricultura, o PROSAVANA, também estão a ser encaminhados outros 37 tractores, designadamente para distritos como Mocuba, Maganja da Costa, Mopeia (Zambézia), Malema, Ribáuè, Angoche e Moma (Nampula) e Cuamba (Niassa).
Outros contemplados, segundo dados do Fundo do Desenvolvimento Agrário (FDA), são Moamba, Boane (Maputo) Chókwè (Gaza) e Massinga (Inhambane), Angónia (Tete) e Pemba Metuge (Cabo Delgado).
Segundo a Presidente do Fundo de Desenvolvimento Agrário, Setina Titosse, a intervenção, através de centros de prestação de serviços ao produtor, é uma estratégia que o Ministério da Agricultura está a tentar implementar conhecidas que são as dificuldades encaradas nos outros processos de disponibilização de maquinaria.
“Disponibilizava-se um tractor a um agricultor e o que verificamos pela monitoria que o Fundo de Desenvolvimento Agrário faz é que os agricultores não estão a usar a máquina na sua máxima capacidade e nem sequer apoiam os outros. Se ocorre o problema da falta duma peça a máquina é parqueada. São máquinas novas e daí que se perde um recurso. Estamos a instalar parques de máquinas para aquelas pessoas que têm capacidade de prestar serviços aos agricultores sem capacidade de comprar a sua própria máquina. A questão não é só de usar, há também o problema de reembolsar que tem sido uma grande dificuldade que temos tido com os nossos agricultores”, observou Titosse.
Pelo que disse, o Estado quer entregar a gestão dos centros de prestação de serviços aos privados para o que as províncias já fizeram a selecção dos provedores que receberão a maquinaria a preços subsidiados.
“ É um preço subsidiado pelo Ministério da Agricultura. Os tractores quatro por quatro estão a um milhão e duzentos mil meticais e são acompanhados de todo o equipamento como charrua, grade e o atrelado. Os quatro por dois estão a um milhão de meticais com todos os acessórios. O subsídio foi colocado como forma de apoiar o processo de produção e produtividade porque temos uma meta de crescimento de sete por cento por ano. Numa primeira fase, estamos a pedir o pagamento de 50 por cento porque o preço é mesmo subsidiado. O restante vão pagar em duas prestações e com uma taxa de juro de dez por cento com o período de pelo menos dois anos para terminar o pagamento”, explicou.
De acordo ainda com Setina Titosse, tudo está a ser feito para minimizar os riscos associados a esta iniciativa daí o acompanhamento de todo o processo que está a ser feito pelo Fundo de Desenvolvimento Agrário.
“ Nós acompanhamos o processo e seguimos os termos de reembolso. Como qualquer actividade, o risco está sempre presente. O que estamos a tentar fazer é minimizar este risco. Sendo esta a primeira experiência, estou certa de que podemos ter uma e outra dificuldade. Vamos monitorando para irmos melhorando ao longo do processo”, garantiu.
No âmbito do donativo Italiano, foram adquiridos 110 tractores, 95 charruas, 5 máquinas de plantar com fertilizador, dez bombas de água para irrigação, 20 tanques, quatro linhas de limpeza e calibragem de castanha, outras cinco de calibragem automática de castanha.
Foram adquiridas ainda cinco linhas de selecção com base na cor e seis linhas de processamento de castanha para além de seis máquinas fixas de enchimento de garrafas, um camião basculante e quarenta atrelados para tractores.