Só em 2011, de acordo com Manuel Chang, terão sido despendidos cento e dez milhões de dólares e as contas para 2012 podem ser relativamente menores em razão do contexto internacional que foi relativamente favorável ao país.
“O congelamento de preços dos combustíveis tem uma factura enorme para o Estado, mas o Governo tomou a medida consciente por forma a que isso não tivesse impacto negativo na economia e facilitasse este crescimento. Neste momento, estamos a fazer o balanço e a dizer que foi positivo na medida em que temos estabilidade e vamos ver o que fazemos em 2013 para a revisão de algumas. A maior parte delas não foram desarmadas. É preciso fazer o balanço para ver se de facto devemos ou não desarmar as medidas que tomamos nessa altura”, referiu Chang.
Acrescentou que uma vez feito o balanço poderá se tomada a decisão em função dos resultados, “mas até esta altura achamos que devíamos mantê-las porque algumas ajudam a economia, embora o Estado pague pelo não reajustamento dos preços internos”.
Dentre outras decisões tomadas na altura, o Executivo anunciou a manutenção do preço do pão, a redução do preço do arroz, através da redução dos direitos aduaneiros e a suspensão da sobretaxa de importação de açúcar. Manteve os estímulos fiscais para a batata, tomate, cebola e ovos e, para os consumidores mais pobres, retirou o aumento da tarifa de energia eléctrica, eliminando ainda a dupla cobrança da taxa de lixo nas facturas de energia e suspendeu a subida do preço da água.
No mesmo pacote foi anunciada ainda a compensação do congelamento dos bens essenciais, como o do aumento de salários de quadros do Estado e a redução de viagens aéreas, para conter a despesa pública.
Outras medidas compreendiam a facilitação das novas ligações de energia para as famílias nas zonas periféricas das cidades, pagando a taxa promocional de 875 meticais, e em prestações, sempre que for necessário, a redução do valor da taxa de ligação domiciliária de água de 4 mil meticais para 2 mil, igualmente com possibilidade de pagamento em prestações.
Falando do balanço do ano prestes a findar, o titular da pasta das Finanças indicou que ainda há sectores que não estão a ter uma participação positiva, nomeadamente nas cidades, onde não foi possível colocar os meios de transporte necessários para aquilo que é a dinâmica que se vive.
“Houve investimentos, mas parece que é preciso fazer muito mais em relação àquilo que já fizemos. Presentemente temos um período de grandes investimentos em infra-estruturas, daí que tenham contribuído mais para o crescimento que se verifica. O que é importante é fazer incentivos aos outros sectores para que possam contribuir mais como, por exemplo, a produção de alimentos”, ajuntou.
Para este ano é esperado um crescimento do Produto Interno Bruto na ordem de 7.5 por cento e no próximo ano deve chegar a 8.4 por cento.