Na ocasião, Vaquina disse que a questão do fundo soberano de riqueza é uma discussão em relação à qual o Governo vai tomar a melhor decisão para resolver os problemas do país.
`Se for para guardar dinheiro em bancos internacionais enquanto precisamos de dinheiro para nos desenvolvermos, não creio que seja uma boa aposta. Ainda é uma discussão, ainda não temos recursos. Estamos a discutir o ovo enquanto ainda está na galinha´, defendeu.
O primeiro-ministro, segundo a nossa fonte, frisou que Moçambique ainda enfrenta desafios ligados à pobreza, infra-estruturação do país para sustentar a economia, problemas que só se resolvem com dinheiro.
`Esta questão do fundo soberano não está acabada. Temos ainda grandes problemas relacionados com a pobreza. Um dos desafios que temos neste momento é a infra-estruturação do país. Precisamos de ter mais escolas, estradas e outras infra-estruturas que possam sustentar a nossa geração e, a partir daí, preparar o futuro das próximas gerações. Se o fundo soberano resolve o problema do país, não vejo nenhum problema, adoptaremos a melhor solução para resolver os problemas de Moçambique´, explicou.
Ao longo deste ano que está prestes a findar, a questão da criação de um fundo soberano de riqueza em Moçambique, sustentado pelas descobertas de recursos minerais com destaque para os hidrocarbonetos, foi muito discutida, e até especialistas internacionais vieram ao país para transmitir experiências.
O fundo soberano, segundo foi explicado por economistas nacionais e estrangeiros em vários encontros realizados este ano em Maputo, é uma forma de distribuir os benefícios da exploração mineira a todos os moçambicanos, através do financiamento de despesas públicas em infra-estruturas, bem como criar reservas para as gerações futuras com os recursos da exploração mineira.
Igualmente, o fundo soberano serviria para financiar o orçamento do Estado, que ainda é dependente da ajuda externa, embora com uma tendência decrescente.
A experiência do fundo soberano está a dar resultados considerados positivos em países como Brasil, Angola, Noruega, entre outros.
O programa contou com a participação de todos os membros do Conselho de Ministros.