Danilo Nalá, director-geral do Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA), é citado pelo jornal “Noticias”, como tendo dito que a promoção do desenvolvimento do Corredor de Nacala passa pela promoção de investimentos do sector da agricultura.
O projecto do “Corredor de Nacala” abrange as províncias de Nampula, Niassa, Cabo Delgado, Zambézia e Tete e visa formular estratégias apropriadas para orientar o desenvolvimento e estimular investimentos na região.
Nalá disse que a Estratégia de Desenvolvimento daquele corredor para o período (2013-2017), define como área central o investimento na agricultura para garantir a coexistência de grandes plantações e a agricultura de pequena escala, através do estabelecimento de um mecanismo de mútuo apoio.
“O transporte de mercadorias vai ser resolvido com três grandes projectos que estão a ser implementados na zona, designadamente, a construção do Aeroporto Internacional de Nacala, reabilitação do Porto de Nacala e a conclusão da reabilitação de estradas e ferrovias”, disse Nala.
As primeiras indicações dos estudos em curso, cujo conteúdo foi apresentado e debatido esta segunda-feira, em Maputo, referem que o Governo deve apoiar os pequenos agricultores para que possam tirar maior proveito da melhoria do acesso aos mercados e dos meios tecnológicos, através da cooperação com o crescente investimento estrangeiro no sector.
O estudo atribui particular importância à operacionalização do sistema de transporte de mercadorias, um dos principais empecilhos do corredor, cujas soluções começam a ser implementadas.
Os estudos recomendam ainda a pertinência de assegurar o fornecimento de energia eléctrica de qualidade para Nampula e Nacala, através da reabilitação de linhas de subestações da Electricidade de Moçambique.
A estratégia, que está a ser desenhada pelo Governo em parceria com a Agência Japonesa para o Desenvolvimento Internacional (JICA), há cerca de seis meses, recomenda ainda a adopção de uma abordagem integrada para atrair investimento no sector agrário, em resposta ao aumento da procura de vegetais frescos motivada pelos megaprojectos de pesquisa de hidrocarbonetos e exploração de carvão, em Cabo Delgado e Tete.