Sociedade Reclusos estão cada vez mais vulneráveis ao HIV/SID

Reclusos estão cada vez mais vulneráveis ao HIV/SID

A SUPERLOTAÇÃO e as condições físicas das unidades prisionais, no país, tornam a população prisional cada vez mais vulnerável a várias doenças, com destaque para o HIV/SIDA. A informação foi tornada pública há dias, na cidade da Beira, por Alice Alberto, da Direcção Nacional das Prisões, à margem de um encontro que juntou aquele sector e outros que trabalham com a direcção das prisões no país.
Reclusos estão cada vez mais vulneráveis ao HIV/SID

O referido encontro tinha em vista desenhar estratégias para reduzir o índice de infecção de várias doenças dentro das prisões, assim como assegurar a aplicação das recomendações internacionais baseadas em boas práticas para os encarcerados.

Um dos problemas das cadeias, segundo Alice Alberto, tem a ver com homossexualidade que propicia a transmissão de várias doenças entre os reclusos. Esta situação, ainda segundo a fonte, é agravada pelo facto de, uma vez que é proibida a relação entre pessoas do mesmo sexo, tal dificulta o acesso aos preservativos por parte dos reclusos nas cadeias, tornando comum a prática do sexo sem protecção, o que resulta, na maior parte dos casos, em infecções por várias doenças sexualmente transmissíveis.

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Entretanto, as mulheres encarceradas nas prisões são especialmente vulneráveis ao abuso sexual, incluindo a sua violação, tanto pelo pessoal da cadeia como por outros prisioneiros.

Por seu turno, Berta Nhambire, directora provincial da Justiça, em Sofala, disse que o aumento de casos de infecção por HIV/SIDA nas unidades prisionais constitui uma grande preocupação para o seu sector, que assim pretende encontrar mecanismos para a redução do fenómeno.

A directora provincial de Justiça disse, num outro desenvolvimento, que o abandono ao tratamento anti-retroviral e de tuberculose, por exemplo, nas unidades prisionais também tem tido implicações greves nos doentes aí internados.

Jornal Notícias