Internacional Mundo Presidente Zuma defende intervenção policial em Marikana

Presidente Zuma defende intervenção policial em Marikana

Presidente Zuma defende intervenção policial em Marikana
Discursando na abertura do congresso da maior central sindical do país, a COSATU, Zuma atacou aqueles que compararam as operações policiais na zona das minas de platina, no noroeste do país, às medidas tomadas pelo regime do “apartheid”, e classificou-os como “irresponsáveis” e “oportunistas”.

“Eles sabem que o que dizem não é verdade. Eles estão de forma desavergonhada a utilizar uma tragédia para marcar pontos políticos em vez de colocarem os interesses dos trabalhadores e do país em primeiro lugar”, salientou o Presidente num longo discurso perante delegados e dirigentes sindicais em Midrand, a norte de Joanesburgo.

Lançando várias “indiretas” a Julius Malema, o ex-líder da Juventude do seu partido, expulso hoje de Marikana pela polícia quando se preparava para discursar perante os grevistas, o chefe do Estado garantiu que as operações policiais em curso na zona do noroeste, onde várias minas foram encerradas por greves ilegais, não se destinam a retirar direitos cívicos aos mineiros e residentes, mas a impedir violência e incitamentos à violência.

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“Esta presença policial não retira o direito ao protesto a mineiros aos mineiros e residentes, desde que o façam de forma pacífica e desarmados, tal como o preveem as leis do país. As agências (da lei e da ordem) foram instruídas para serem firmes mas para respeitarem os direitos dos residentes e grevistas”, disse Zuma.
Afirmando que o mesmo princípio se aplica a todas as formas de protesto, incluindo aquelas que visam os municípios por fracas condições de vida em bairros degradados, muitas vezes também particularmente violentos, o Presidente alertou os milhares de sindicalistas presentes para os custos económicos da onda de greves que varre o setor mineiro.