Além disso, as autoridades decidiram criar um “centro de operações” em Bengasi, reunindo o Exército, as forças do Ministério do Interior e as brigadas de antigos rebeldes que dependem do Ministério da Defesa, acrescentou Megaryef. As autoridades encarregaram o chefe de Estado-Maior de exercer a sua autoridade sobre as formações de antigos rebeldes, substituindo o comando de oficiais do Exército regular. O Governo ainda não conseguiu desarmar todos os grupos de ex-rebeldes, ainda que muitos deles tenham integrado os Ministérios da Defesa e do Interior.
Na sexta-feira, milhares de líbios manifestaram-se pacificamente contra as milícias, dez dias depois do ataque ao consulado norte-americano de Bengasi, que custou a vida ao embaixador, Christopher Stevens, e a três outros americanos. Na noite de sexta-feira para sábado, centenas de habitantes de Bengasi saquearam e incendiaram a sede da milícia Ansar al-Sharia, que os Estados Unidos suspeitam ser responsável pelo ataque ao consulado. Em confrontos com uma outra milícia, Raf Allah al-Sahati, morreram 11 pessoas e dezenas ficaram feridas.
Megaryef adiantou que as autoridades decidiram nomear um juiz para investigar este episódio de violência em Bengasi.
Por seu lado, o Exército deu um ultimato às milícias e grupos armados para, dentro de 48 horas, abandonarem os edifícios e propriedades dos membros do antigo regime em Trípoli e arredores, segundo um comunicado divulgado pela agência líbia Jana.
O Exército precisou que “usará da força se as suas ordens não forem seguidas”.
Depois da queda do regime de Muammar Kadhafi, centenas de antigos rebeldes ocuparam as instalações estratégicas militares e civis do Estado, bem como as propriedades dos apoiantes e dirigentes do antigo regime.