Sociedade Justiça Futuro Código Penal vai incluir normas para prática da prostituição

Futuro Código Penal vai incluir normas para prática da prostituição

Futuro Código Penal vai incluir normas para prática da prostituição
O futuro Código Penal moçambicano, actualmente objecto de debate em todo o país, terá a primeira norma sobre a prática da prostituição no país, que “infelizmente, não é possível punir”, anunciou a Comissão responsável pela revisão da lei.

Apesar de ser uma prática notada nas principais cidades moçambicanas, a prostituição não goza de nenhum estatuto legal no país, situação que expõe as prostitutas a uma situação de vulnerabilidade, incluindo a extorsão por parte de alguns agentes da polícia.

O presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade da Assembleia da República de Moçambique, Teodoro Waty, disse, em conferência de imprensa, que o futuro Código Penal vai regular a prostituição.

“Infelizmente, não é possível punir, já que se diz que esta é a mais antiga profissão do mundo, mas nós vamos propor medidas de controlo”, afirmou Teodoro Waty, aludindo ao facto de algumas correntes defenderem a ilegalização da prostituição.

A norma a ser adoptada vai impor vistorias aos locais da prática da prostituição e o controlo regular das praticantes, “para que a mesma não se transforme num verdadeiro atentado à moral pública”.

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Nesse sentido, o Código Penal vai prever a aplicação de sanções penais aos que infringirem as normas reguladoras da prostituição, acrescentou Teodoro Waty.

O anteprojecto do Código Penal em debate no país vai substituir o actual Código Penal, em vigor desde 1886, com o objectivo de incorporar a tipificação de novos crimes, como a corrupção e os crimes informáticos, bem como o alargamento de penas máximas para os considerados crimes hediondos, como o homicídio cometido com o objectivo de retirar órgãos humanos.