Internacional Startups africanas lideram transformação tecnológica e sustentável no continente

Startups africanas lideram transformação tecnológica e sustentável no continente

Um ecossistema dinâmico de startups está a emergir a partir da África Austral até Uganda, passando por Ruanda e Costa do Marfim, com um impacto significativo em sectores fundamentais como a agritech, educação, meio ambiente e fintech.

Este movimento, frequentemente apoiado por organizações multilaterais e investidores privados, visa unir recursos e experiências entre países africanos na criação de soluções escaláveis.

Entre as startups que se destacam, encontra-se uma empresa que transforma resíduos plásticos em telhas duráveis, oferecendo uma alternativa sustentável ao problema da poluição por plástico. Este produto já conquistou o mercado local, reflectindo o compromisso com o meio ambiente.

Outro exemplo é a CleanTech, que se especializa na reciclagem de baterias de equipamentos eléctricos e electrónicos. A startup recupera baterias de veículos eléctricos e outros dispositivos, permitindo o reaproveitamento desses materiais na armazenagem de energia.

Na área da educação, uma startup desenvolveu uma rede social no estilo do LinkedIn, conectando professores a escolas, ONGs e administrações públicas. Esta plataforma visa fortalecer a educação a nível local, promovendo um ecossistema colaborativo e independente.

Focada na agricultura, uma empresa oferece suporte a pequenas explorações agrícolas, ajudando a aumentar a produtividade, melhorar a credibilidade e facilitar o acesso a crédito e investidores, com o intuito de reverter a crise que afecta este sector.

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Um aplicativo inovador que opera em Abidjan disponibiliza um serviço de recolha, lavagem, secagem, passagem e devolução de roupas em até quatro horas, trazendo conveniência à vida urbana.

Adicionalmente, destaca-se a Plataforma Pan-Africana de Pagamentos e Liquidação (PAPSS), uma iniciativa do Afreximbank que liga bancos e prestadores de serviços de pagamento, permitindo transacções instantâneas entre países africanos. Esta plataforma tem o objectivo de simplificar e reduzir os custos de pagamentos transfronteiriços, alinhando-se à implementação da Zona de Comércio Livre Continental Africana (Zlecaf).

De acordo com especialistas, o PAPSS facilita o comércio intra-africano, ajuda a reduzir a dependência de moedas estrangeiras e promove uma maior transparência nas transações, além de aumentar as receitas fiscais para os Estados-membros.

Com estas soluções inovadoras, que vão da reciclagem à inclusão financeira, as startups africanas demonstram que o continente é não apenas um mercado emergente, mas um polo crescente de criação tecnológica com impacto global.