O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, manifestou-se contra o plano de paz para Gaza apresentado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que contou com o apoio do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Smotrich considera que o acordo representa um retrocesso, remetendo a uma abordagem antiga de colocar a segurança de Israel nas mãos de potências estrangeiras.
Em declarações na rede social X, Smotrich afirmou que a proposta de Trump surge após o “massacre do Hamas em Israel” ocorrido a 7 de Outubro e destaca que, após anos de sacrifício e luta do povo israelita, é inaceitável regressar a um conceito que acredita ser ilusório. O ministro criticou a ideia de “trocar conquistas concretas por ilusões políticas”, referindo-se ao que considera uma rendição a um processo diplomático que remete ao conceito dos acordos de Oslo, assinados em 1993.
Smotrich alertou que aceitar a iniciativa norte-americana e descontinuar a campanha militar contra o Hamas seria um “fracasso político retumbante”, sublinhando que tal decisão acabaria por resultar em consequências dolorosas. O ministro indicou que irá “consultar, avaliar e decidir” sobre a proposta, sem, no entanto, ameaçar abandonar o governo de coligação liderado por Netanyahu.
O plano de paz, apresentado por Trump na Casa Branca, sugere a criação de um governo de transição que exclui o Hamas, a desmilitarização da Faixa de Gaza e a possibilidade de negociações para a formação de um futuro Estado palestiniano. Entretanto, Netanyahu já esclareceu que não concordou com Trump no que respeita ao estabelecimento de um Estado palestiniano durante a reunião.