Begoña Gómez, esposa do presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, foi convocada por um juiz de Madrid para prestar declarações no âmbito de uma investigação relacionada com um suposto desvio de fundos públicos.
A audiência está agendada para o dia 11 de Setembro, conforme revelou um porta-voz do tribunal.
A investigação centra-se na alegação de que uma funcionária da equipa do chefe de governo terá trabalhado para Gómez enquanto esta dirigia um curso de mestrado na Universidade Complutense de Madrid. O juiz questiona se esta colaboração representa um uso indevido de recursos públicos, dado que a funcionária teria utilizado o seu tempo e salário para atender a interesses privados.
Desde Abril de 2024, Begoña Gómez enfrenta ainda acusações de corrupção e tráfico de influência. A investigação sugere que a mulher de Sánchez poderá ter utilizado a posição do marido para garantir financiamentos para o programa de pós-graduação, com destaque para o empresário Juan Carlos Barrabés.
O inquérito gerou uma intensa contenda entre a Procuradoria e o juiz responsável pelo caso, bem como um embate político entre a esquerda e a oposição de direita. A Administração de Sánchez denunciou uma alegada campanha de difamação orquestrada por elementos da extrema-direita.
A origem desta investigação remonta a queixas apresentadas por dois grupos associados à extrema-direita. Em Julho de 2024, Begoña Gómez já havia comparecido no tribunal, optando por exercer o seu direito de permanecer em silêncio.
Este caso é apenas um dos vários episódios de corrupção que envolvem pessoas próximas a Pedro Sánchez, levando a oposição a exigir a sua renúncia. Entre os investigados encontram-se ex-colaboradores e membros do governo, como Santos Cerdán, o ex-ministro José Luis Ábalos, o conselheiro Koldo García e David Sánchez, irmão do presidente.