Destaque Renamo reafirma que apenas o congresso pode destituir o Presidente Ossufo Momade

Renamo reafirma que apenas o congresso pode destituir o Presidente Ossufo Momade

A secretária-geral da Renamo, Clementina Bomba, anunciou que o partido está em processo de organização do Conselho Nacional, com o intuito de restabelecer a harmonia interna. 

Durante uma conferência de imprensa, Bomba ressaltou que este organismo não possui a competência necessária para destituir o presidente do partido, Ossufo Momade, antes da realização do próximo congresso.

As declarações da líder da Renamo surgem num momento de tensão, após queixas de ex-guerrilheiros do partido, que ameaçaram encerrar as delegações em todo o país devido à não convocação do Conselho Nacional. Bomba fez um apelo à calma e garantiu que o Conselho Nacional será convocado em breve, embora não tenha especificado uma data.

“Quero encorajar todos os delegados provinciais, distritais e todos os quadros da Renamo, assim como os membros e simpatizantes, que estamos a trabalhar para a realização do Conselho Nacional. É do conhecimento de todos que o Conselho se reúne ordinariamente duas vezes por ano e é o órgão deliberativo do partido entre os congressos”, afirmou a secretária-geral.

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Clementina Bomba sublinhou que, apesar de a realização do Conselho Nacional estar assegurada para este ano, a reunião não terá a capacidade de demitir Ossufo Momade, que foi reeleito para a liderança máxima do partido no último congresso, ocorrido em Maio de 2024, na província da Zambézia. “É fundamental esclarecer que o Conselho Nacional não tem competência para demitir o presidente. O mandato do presidente é de cinco anos e termina apenas com a tomada de posse de um novo presidente, sendo que apenas o congresso pode decidir sobre a manutenção ou destituição de Ossufo Momade”, explicou.

A secretária-geral destacou a importância da participação dos membros no próximo Conselho Nacional, informando que apenas 120 conselheiros têm direito a voto, enquanto os demais convidados podem apresentar opiniões, mas não têm poder de decisão. “É essencial que o Conselho Nacional esteja ciente de que não possui a competência para demitir o actual presidente, que se encontra em exercício do seu mandato”, concluiu.