O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, defendeu a eliminação das barreiras burocráticas entre Moçambique e Eswatini, com o intuito de facilitar e impulsionar as relações económicas entre os dois países.
Chapo afirma que as restrições existentes impedem um desenvolvimento mais célere de ambas as nações.
As declarações do chefe de Estado foram proferidas na segunda-feira durante um encontro empresarial em Mbabane, que assinalou o início de uma visita ao país vizinho.
O Presidente reitera que as relações entre Moçambique e Eswatini devem assentar na integração regional, no investimento mútuo e no fortalecimento do sector privado como motor de crescimento.
Chapo enfatizou a necessidade de eliminar entraves ao comércio, apontando esta estratégia como essencial para atrair investimentos em sectores estratégicos como a energia, agricultura, turismo e infra-estrutura. “É nossa responsabilidade, enquanto sector público, facilitar os negócios, desbloqueando tudo o que impede o desenvolvimento empresarial, tanto em Moçambique como em Eswatini”, salientou.
Referindo-se ao potencial energético do país, Chapo destacou que os vastos recursos de gás natural, rios, sol e vento de Moçambique podem atender aos desafios regionais actuais, especialmente no que toca ao fornecimento de electricidade. O Presidente também citou a importância do turismo, da agricultura, das infra-estruturas e da digitalização para a atracção de investimentos e geração de empregos.
“Não podemos encarar a crise energética como uma fatalidade, mas sim como uma oportunidade de negócio”, declarou. O chefe de Estado reiterou que a industrialização do continente africano é vital para quebrar a dependência económica em relação a países estrangeiros, sublinhando que a África é, hoje, uma fonte de matérias-primas, cuja transformação ocorre maioritariamente fora do continente. “Temos de trabalhar para inverter este cenário”, concluiu.