A Assembleia da República de Portugal aprovou, na quarta-feira (18), o pedido de deslocação do chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, a Moçambique.
A visita, marcada para os dias 23 a 26 de Junho, coincide com as celebrações dos 50 anos de independência do país, que ocorrerão a 25 de Junho. O pedido recebeu votos contra da Iniciativa Liberal, que é actualmente a quarta força política no parlamento, a contar com nove deputados.
Na missiva dirigida à Assembleia, datada de 6 de Junho, Marcelo Rebelo de Sousa expressa que aceitou o convite do seu homólogo moçambicano, Daniel Chapo, para participar nas festividades. Este evento reveste-se de especial importância, dado o contexto das relações históricas entre os dois países.
Em Janeiro deste ano, após a cerimónia de posse de Daniel Chapo como o quinto Presidente de Moçambique — à qual Marcelo Rebelo de Sousa não pôde comparecer — o Presidente português enviou uma carta ao novo líder moçambicano, na qual reafirmou o seu “reforçado empenho” na cooperação bilateral. Na sua correspondência, expressou a expectativa de que se possam concretizar “os legítimos anseios de variados sectores políticos e sociais” de Moçambique, salvaguardando o pluralismo e promovendo um diálogo comunitário inclusivo.
Marcelo Rebelo de Sousa garantiu aos moçambicanos que podem sempre contar com o apoio de Portugal. A visita para as comemorações do cinquentenário da independência de Moçambique foi igualmente mencionada como um momento significativo nas relações entre os dois países. Durante a posse de Daniel Chapo, Portugal foi representado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.