Na recente audiência geral, o Papa Francisco fez um apelo urgente à cessação das hostilidades na República Democrática do Congo, especialmente na cidade de Goma, onde a situação se agravou drasticamente devido a combates intensos.
O Pontífice exortou todas as partes envolvidas no conflito a empenharem-se na protecção da população civil e a trabalharem para o “fim mais rápido possível de todas as formas de violência”.
Prometendo rezar “pelo restabelecimento da paz e da segurança”, o Papa pediu ainda às autoridades locais e à comunidade internacional que demonstrem um forte compromisso na resolução do conflito por meios pacíficos. A sua mensagem ressoou profundamente em tempos de crise, onde o sofrimento humano intensifica-se a cada dia.
Nos últimos dias, Goma, a principal cidade do leste da RDCongo, tem sido palco de violentos confrontos entre o grupo armado M23, que se opõe ao governo, e as tropas ruandesas, que tomaram na terça-feira o controlo do aeroporto local. Estes combates resultaram em mais de 100 mortos e cerca de mil feridos, conforme relatórios hospitalares citados pela agência de notícias France-Presse (AFP).
As consequências do conflito são devastadoras, com o Governo congolês a reportar que mais de 500.000 pessoas foram deslocadas desde o início deste ano, uma crise humanitária que exige atenção imediata.
Em Kinshasa, a capital do país, a tensão também aumentou, com manifestantes a atacarem várias embaixadas, incluindo a do Ruanda, acusado pelas autoridades congolesas de ter “declarado guerra” no leste do país. As missões diplomáticas de países como Quénia, França, Bélgica e Estados Unidos, criticados pela sua inação nesta crise, também foram alvo das manifestações.