Internacional Relatório oficial aponta engenharia inadequada como causa da implosão do submersível Titan

Relatório oficial aponta engenharia inadequada como causa da implosão do submersível Titan

Um relatório publicado pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos revelou que a implosão do submersível Titan, ocorrida em Junho de 2023, foi resultado de “engenharia inadequada” por parte da OceanGate. 

A investigação concluiu que a empresa não realizou os testes necessários, o que comprometeu a segurança e a resistência do submersível.

Segundo o documento, uma série de problemas de engenharia e uma avaliação incorrecta dos dados do sistema de monitorização contribuíram para a tragédia. A delaminação e os danos acumulados na caldeira de pressão, identificados entre o mergulho 82 e o mergulho do acidente (mergulho 88), levaram a uma falha local que culminou na implosão do Titan.

O relatório sublinha que o processo de engenharia da OceanGate não apenas era inadequado, como também resultou em falhas que impediam o submersível de cumprir os critérios essenciais de resistência e durabilidade. Além disso, a empresa falhou em testar devidamente o Titan, o que significava que não tinha conhecimento do estado real da embarcação ou de eventuais danos.

O Titan desapareceu no Atlântico Norte enquanto tentava mergulhar até aos destroços do Titanic, localizado a cerca de 600 quilómetros de St. John’s, em Newfoundland e Labrador, no Canadá. Quatro dias após a perda de contacto com o navio de apoio, os destroços foram finalmente localizados.

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O incidente resultou na morte de cinco pessoas, incluindo o CEO da OceanGate, Stockton Rush, o oceanógrafo francês Paul-Henri Nargeolet, o empresário Hamish Harding, e o empresário paquistanês-britânico Shahzada Dawood, acompanhado pelo seu filho Suleman, de 19 anos.

Um relatório anterior da Guarda Costeira norte-americana já havia afirmado que o submersível não deveria ter estado em operação, apontando falhas de resposta por parte das autoridades competentes, incluindo a falta de seguimento a denúncias feitas à OSHA sobre a segurança do Titan. A OceanGate tinha detectado anomalias no casco em 2022, mas não hesitou em prosseguir com novas expedições.