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Governo analisa opções para o pagamento do 13.º salário após declarações de crise financeira

O Governo moçambicano encontra-se a avaliar cenários viáveis para solucionar o impasse relacionado com o pagamento do 13.º salário a funcionários públicos e pensionistas, após declarações recentes do antigo ministro das Finanças, Adriano Maleiane, que apontaram a falta de recursos financeiros como um obstáculo à sua materialização.

Num comunicado oficial, o Governo reconheceu as dificuldades em garantir o pagamento imediato do 13.º salário, devido às repercussões negativas nas receitas fiscais provocadas por manifestações violentas que resultaram em destruição de património público e privado. “O Governo apreciou a situação do pagamento do 13.º salário para os funcionários públicos e pensionistas, constatando as dificuldades de sua materialização imediata”, refere o documento.

O porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, sublinhou que o Executivo não está sem alternativas e recordou que “não há-de ser a primeira experiência”. O governo já implementou anteriormente soluções criativas, incluindo pagamentos parciais e a distribuição do salário por grupos.

Entretanto, a situação continua a gerar inquietação entre os trabalhadores da função pública. Em resposta à incerteza quanto ao pagamento do 13.º salário, representantes dos funcionários públicos anunciaram uma paralisação de todas as actividades na função pública, que terá início a partir de segunda-feira, caso não haja uma resolução favorável.

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A pressão sobre o Governo aumenta à medida que os funcionários aguardam respostas claras e eficazes, numa altura em que o clima económico se torna cada vez mais delicado. A situação exige uma análise cuidadosa e uma abordagem rápida para evitar uma crise ainda mais profunda nas relações laborais e na gestão pública.