Após 73 dias das eleições realizadas no dia 9 de Outubro, o Conselho Constitucional (CC) de Moçambique proclamou finalmente os resultados, confirmando Daniel Chapo como o vencedor da corrida presidencial.
Este anúncio encerra um período de incerteza e intensa expectativa sobre os resultados das sétimas eleições presidenciais e legislativas e das quartas das assembleias provinciais e de governadores de província.
Daniel Chapo, candidato pelo partido Frelimo, obteve uma vitória decisiva com 65,17% dos votos, superando significativamente os outros candidatos. Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido extraparlamentar PODEMOS, arrecadou 24,19% dos votos. Ossufo Momade, do partido Renamo, obteve 6,62% e Lutero Simango, do MDM, conseguiu 4,02%.
No âmbito das eleições legislativas, o partido Frelimo consolidou a sua posição dominante ao conquistar 171 assentos parlamentares. Por sua vez, o PODEMOS conseguiu eleger 43 deputados, enquanto a RENAMO assegurou 28 lugares e o MDM obteve oito assentos.
Nas assembleias provinciais, a Frelimo também demonstrou uma forte liderança ao obter a maioria dos assentos em todas as províncias, totalizando 624 membros. O PODEMOS, a RENAMO e o MDM conseguiram, respectivamente, 67, 97 e 58 assentos. Outros cinco partidos extraparlamentares também conseguiram eleger membros para as assembleias provinciais.
Na eleição dos governadores provinciais, apenas candidatos da Frelimo foram eleitos, destacando-se figuras como Elina Massengele em Niassa, Valige Tauabo em Cabo Delgado, e Tule em Maputo-província, entre outros.
A proclamação destes resultados foi realizada apesar da interposição de recursos por alguns partidos e candidatos, que apontaram irregularidades no processo eleitoral. No entanto, o CC avaliou que estas anormalidades não influenciaram de forma substancial os resultados finais.
Daniel Chapo, agora eleito Presidente da República, prometeu em sua primeira reação promover reformas profundas na legislação eleitoral de Moçambique, visando um processo mais transparente e inclusivo. Ele enfatizou a importância do diálogo e da colaboração entre todas as forças da sociedade como alicerce fundamental da democracia.