Os transportadores internacionais que operam na rota entre Maputo e a África do Sul estão a enfrentar prejuízos significativos em consequência da onda de desordem que assola o país, provocada por alegadas contestações aos resultados das recentes eleições.
A situação tem impactado gravemente a operacionalidade do serviço de transporte rodoviário internacional de passageiros.
Recentemente, três viaturas de transporte semi-colectivo de passageiros foram alvo de vandalismo enquanto realizavam viagens nesta mesma rota. O clima de insegurança gerou um cenário de fraca procura pelos serviços de transporte, levando a um agravamento das dificuldades económicas enfrentadas pelos gestores e trabalhadores do sector.
Luís Mabunda, um dos gestores da referida rota, expressou o seu descontentamento durante uma entrevista no Terminal Rodoviário Interprovincial e Internacional da Junta, na cidade de Maputo.
Segundo Mabunda, durante os actos de vandalismo, alguns transportadores foram coagidos a entregar dinheiro como condição para garantir a circulação dos seus veículos, uma prática que compromete ainda mais a viabilidade dos negócios.
O gerente apelou ao fim dos actos de vandalismo, sublinhando que tais comportamentos não apenas prejudicam os transportadores, mas também atrasam o desenvolvimento económico do país. “É imperativo que se restabeleça a ordem e a segurança, de modo a permitir que possamos retomar as nossas actividades normalmente”, concluiu Luís Mabunda.
A situação actual requer a atenção das autoridades competentes, uma vez que a estabilidade dos serviços de transporte é fundamental para a economia e para a mobilidade de milhares de passageiros que dependem desta rota.