Mais de 17 milhões de cidadãos moçambicanos, distribuídos pelo território nacional e em nove países da diáspora, estão prontos para exercer o seu direito de voto na quarta-feira.
Os eleitores irão às urnas escolher o próximo Presidente da República, os deputados da Assembleia da República, os membros das Assembleias Provinciais e, pela primeira vez, eleger directamente os Governadores das Províncias.
Estas eleições marcam a realização das sétimas Eleições Presidenciais e Legislativas desde a introdução do multipartidarismo no país, em 1994, e as quartas eleições para as Assembleias Provinciais. Uma das grandes inovações destas eleições é a escolha directa dos Governadores Provinciais, uma mudança que pretende reforçar a descentralização do poder em Moçambique.
A campanha eleitoral, que durou cerca de 45 dias, terminou oficialmente no domingo, dando lugar a dois dias de reflexão, na segunda e terça-feira, durante os quais os cidadãos foram incentivados a analisar as propostas dos diferentes candidatos e partidos políticos. Esta pausa permite aos eleitores avaliar os manifestos eleitorais apresentados e tomar uma decisão consciente antes de se dirigirem às urnas.
As eleições em Moçambique são vistas como um marco importante para o futuro político e económico do país, e a participação da diáspora reflete o compromisso do governo em assegurar que todos os cidadãos tenham voz no processo democrático, independentemente da sua localização geográfica.
O ambiente de campanha foi marcado por uma grande mobilização dos principais partidos políticos e uma forte presença de observadores internacionais, que acompanharam de perto o desenrolar do processo eleitoral.
O dia de votação será crucial para definir o rumo de Moçambique nos próximos cinco anos, num momento em que o país enfrenta desafios significativos nas áreas da segurança, economia e desenvolvimento social.