Politica Daniel Chapo defende digitalização dos serviços públicos para combater corrupção e fomentar...

Daniel Chapo defende digitalização dos serviços públicos para combater corrupção e fomentar inclusão

Daniel Chapo, candidato da Frelimo nas eleições presidenciais de 9 de Outubro, comprometeu-se a intensificar o combate à corrupção, caso seja eleito. Como uma das principais estratégias, Chapo planeia digitalizar os serviços do Estado para prevenir práticas corruptas.

Durante uma entrevista à STV, Chapo destacou a importância de liderar pelo exemplo na luta contra a corrupção. “O combate à corrupção deve começar comigo. Desafio qualquer pessoa a analisar o meu histórico. Se encontrarem alguma mancha, venham dizer que encontraram. Primeiro, lidera-se pelo exemplo. Já fui administrador distrital. Quem quiser pode ir a Nacala-a-Velha, a Palma ou a Inhambane e verificar o que foi realizado durante o meu mandato”, afirmou.

Chapo enfatizou que a integridade é a primeira regra para um líder e que ser exemplar concede a legitimidade necessária para combater a corrupção. Segundo ele, o combate à corrupção não pode limitar-se a discursos e legislações, sendo essencial agir preventivamente.

Nesse sentido, a digitalização dos serviços do Estado é uma medida crucial para evitar práticas corruptas. Além disso, Chapo defende a importância de educar a sociedade para a honestidade, sustentando que a sociedade deve ser orientada por valores éticos e morais para reduzir a corrupção.

Recomendado para si:  MDM apela a reforço da justiça para combater corrupção em Moçambique

No que toca aos megaprojectos, Chapo sublinhou a importância da responsabilidade social e corporativa no desenvolvimento local. Ele acredita que nenhum contrato é imutável e que os acordos relacionados aos megaprojectos podem ser renegociados, desde que as cláusulas e outros aspectos relevantes sejam analisados com cuidado.

Chapo mencionou que, embora Moçambique tenha uma política de responsabilidade social, ainda não dispõe de uma lei específica sobre o assunto.

Segundo ele, essa ausência faz com que a responsabilidade social seja vista pelas grandes multinacionais como um favor, e não como uma obrigação. “Nós, como Governo, faremos as coisas de forma diferente para alcançar resultados diferentes”, garantiu.

Para melhorar o ambiente de negócios no país, Chapo destacou a importância da paz, segurança, transparência, integridade e flexibilidade nos processos de legalização de empresas. Ele defendeu também a inclusão de todos os moçambicanos no processo de desenvolvimento, independentemente da sua afiliação partidária ou religião. “A inclusão não deve ser vista apenas no âmbito político”, explicou, acrescentando que esta deve ter várias dimensões e ser baseada no mérito.