Politica CAD denuncia perseguição política e exige justiça após rejeição de candidatura

CAD denuncia perseguição política e exige justiça após rejeição de candidatura

A Coligação Aliança Democrática (CAD) protagonizou uma série de manifestações em várias cidades do país no último sábado, como protesto contra a rejeição da sua candidatura às eleições legislativas e provinciais.

A marcha, que teve lugar na Cidade de Maputo e noutras localidades, visava exigir uma revisão do que a coligação considera uma decisão injusta por parte da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

O presidente da CAD afirmou que a manifestação teve como objectivo principal repudiar a decisão da CNE, que rejeitou a candidatura da coligação devido a alegadas irregularidades. Manecas Daniel, líder da CAD, fez questão de destacar que o movimento também tinha um carácter de apoio às instituições judiciais do país, especialmente ao Conselho Constitucional, que deverá decidir em última instância sobre a validade da candidatura da CAD.

Daniel manifestou confiança nas instituições do Estado, nomeadamente na doutora Luísa Ribeiro, Presidente do Conselho Constitucional, e expressou a expectativa de que a CAD possa ser autorizada a participar nas eleições. “Acreditamos nas instituições do Estado, fundamentalmente na doutora Ribeiro, que ela, a Luísa Ribeiro, vai criar condições para que a Coligação Aliança Democrática concorra, sabendo que o nosso candidato presidencial já está bem posicionado no seu número 3 e vai concorrer, faltando, precisamente, a coligação aliança democrática”, afirmou Daniel.

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A CAD fez também acusações graves contra Ossufo Momade, líder da Renamo, a quem Manecas Daniel acusou de estar a perseguir Venâncio Mondlane, um dos seus membros. “Isto é meramente político, por isso quer dizer aqui, publicamente que Ossufo Momade está a perseguir Venâncio Mondlane e isso deve parar”, declarou Daniel, referindo-se à intervenção de Momade que alegadamente culpava a CAD por não apresentar os documentos necessários à candidatura.

Por sua vez, o mandatário da CAD, Elvino Dias, expressou a sua convicção de que o Conselho Constitucional dará uma resposta favorável à coligação. Dias defendeu que a decisão da CNE baseou-se em fundamentos errados e violou princípios fundamentais do direito eleitoral.

“O nosso recurso preenche todos os requisitos básicos para que seja declarado procedente, porque nós vimos que a Comissão Nacional de Eleições baseou-se em fundamentos de facto e de direito que não condizem com a verdade e que violaram de forma clamorosa, os princípios estruturantes do direito eleitoral”, afirmou Dias.

Além das manifestações em Maputo, a CAD também organizou protestos em outras cidades, incluindo Matola, Maxixe, Quelimane, Nampula e Beira, reiterando o seu pedido de revisão da decisão da CNE.