O processo de recenseamento eleitoral em Moçambique tem sido alvo de denúncias de irregularidades por parte da oposição. A RENAMO e o MDM apontam problemas no distrito de Massinga, incluindo a presença de eleitores-fantasma.
O Centro de Integridade Pública (CIP) expressou preocupação com a justiça e transparência do recenseamento. Segundo um levantamento da organização não-governamental, mais de 12% dos postos de recenseamento não estiveram em funcionamento. Além disso, observadores foram supostamente ameaçados por elementos da polícia e técnicos do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).
Lázaro Mabunda, coordenador do CIP Eleições 2024, afirmou à DW que “há um ambiente instalado de intimidação dos observadores do Centro de Integridade Pública em quase todas as províncias, criado pelo STAE distrital e pela polícia”.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) informou que, até 23 de abril, mais de 6,6 milhões de eleitores foram recenseados para as eleições gerais de 9 de outubro, representando quase 89% da meta estabelecida.
No distrito de Quissanga, na província de Cabo Delgado, o recenseamento foi adiado devido à insegurança na região. Enquanto isso, em Inhambane, alguns postos de recenseamento foram afetados por alagamentos devido ao mau tempo, mas o processo de recenseamento prosseguiu.