O General e veterano da luta de libertação de Moçambique, Alberto Chipande, afirmou categoricamente que não possui qualquer ligação com Christian Malanga, o alegado líder da tentativa de golpe de Estado fracassada na República Democrática do Congo (RDC).
As declarações de Chipande foram divulgadas por meio de um comunicado enviado à imprensa na quarta-feira pela Fundação Alberto Chipande, da qual ele é patrono. Este comunicado surgiu em resposta à circulação de imagens que sugerem encontros privados entre Chipande e Malanga, supostamente para tratar de negócios.
A fundação confirmou que recebeu Christian Malanga em Setembro de 2023, mas esclareceu que ele se apresentou como empresário residente no Reino de Eswatini, interessado em conhecer as actividades da Fundação Alberto Joaquim Chipande.
“Em Setembro de 2023, a Fundação Alberto Joaquim Chipande recebeu, em resposta ao seu pedido, o Sr. Christian Malanga, que se apresentou como empresário residente no Reino de Eswatini, interessado em conhecer as actividades da Fundação”, lê-se no comunicado ao qual a AIM teve acesso.
Em relação às especulações sobre o envolvimento de Chipande na tentativa de golpe, a fundação foi enfática ao negar qualquer vínculo com as acções ilícitas de Malanga, reafirmando o seu compromisso com a promoção da paz, legalidade e desenvolvimento social.
Além de se distanciar da tentativa de golpe, a Fundação Chipande condena veementemente o ato e encoraja as autoridades a investigarem detalhadamente a entrada e possíveis actividades ilícitas de Malanga em Moçambique, garantindo que qualquer infracção seja punida conforme a lei.
A tentativa de golpe ocorreu no último domingo, dia 19, quando um grupo de homens armados invadiu as residências do Presidente Felix Tshisekedi e do vice-primeiro-ministro da RDC, mas foram rapidamente neutralizados pelas forças armadas do país.
Os golpistas tinham como objectivo remover do poder Felix Tshisekedi, que está na presidência desde 2019. Este ato de violência foi amplamente condenado por diversas figuras e organizações internacionais, incluindo o Presidente angolano João Lourenço, a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), a União Africana (UA) e a Organização das Nações Unidas (ONU).