O prazo para a apresentação de candidaturas à Presidência da República em Moçambique está a aproximar-se do fim, mas até agora nenhum dos três partidos com assentos no Parlamento anunciou oficialmente os seus candidatos.
Enquanto a Frelimo e a Renamo já discutiram o assunto, o MDM mantém-se em total silêncio.
Em 9 de outubro de 2024, os moçambicanos irão às urnas para eleger o próximo Presidente da República, bem como o novo Parlamento e as lideranças provinciais.
Segundo o calendário eleitoral divulgado pela Comissão Nacional de Eleições, os partidos políticos têm apenas 59 dias, a partir de hoje, 10 de abril, para finalizar e submeter ao Conselho Constitucional as suas candidaturas presidenciais. Até o momento, nenhum partido revelou publicamente o seu candidato presidencial.
A Frelimo realizou, entre 5 e 6 de abril, a terceira sessão ordinária do Comité Central, esperando-se que o candidato presidencial fosse anunciado. Contudo, tal não aconteceu, levando à expectativa de que o candidato seja revelado numa reunião extraordinária.
A Renamo, o maior partido de oposição, encontra-se numa situação semelhante. Num contexto de crise interna sobre a liderança, marcou-se uma reunião do Conselho Nacional para o próximo domingo, 14 de abril. Este órgão é responsável por deliberar sobre as candidaturas à Presidência da República, à Assembleia da República e aos governos provinciais.
Enquanto aguardam a resolução da crise interna, a Renamo também enfrenta um teste significativo: o congresso para eleger a nova liderança do partido está agendado para maio.
Por outro lado, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), classificado como a terceira maior força política do país, mantém-se em silêncio absoluto sobre o seu candidato presidencial. Apesar de garantias anteriores de que o candidato seria conhecido até março, o partido ainda não fez qualquer anúncio. O presidente do MDM, Lutero Simango, mencionou abril como prazo final para a indicação do candidato, mas até agora não houve divulgação oficial.
Segundo as deliberações do Conselho Constitucional, os candidatos à Presidência da República devem apresentar uma série de documentos, incluindo fichas com entre 10 e 20 mil assinaturas para apoiar a candidatura, no período de 13 de maio a 10 de junho.