O partido Renamo está a pressionar o Governo de Moçambique para iniciar um diálogo com grupos terroristas, numa tentativa de encontrar uma solução para a crescente ameaça terrorista no país.
Além disso, a Renamo está a exigir um reforço urgente das Forças de Defesa e Segurança, mas não especificou quais são as medidas que poderia tomar para contribuir para o combate ao terrorismo.
A secretária-geral da Renamo, Clementina Bomba, expressou a preocupação do partido com o aumento do terrorismo durante uma conferência de imprensa realizada na quarta-feira. Ela destacou a necessidade de medidas concretas do Governo para alcançar a paz, incluindo o fortalecimento logístico das forças de segurança e a exploração de canais de diálogo com os líderes terroristas conhecidos.
Bomba afirmou que as ações terroristas, particularmente no norte do país, estão associadas aos sequestros que têm causado insegurança, especialmente entre a classe empresarial, prejudicando a economia nacional e afastando os investidores.
Além de apelar aos moçambicanos para apoiarem as vítimas do terrorismo, a Renamo foi questionada sobre qual seria a sua contribuição no combate ao terrorismo, dada a sua experiência na guerra de guerrilha. No entanto, Bomba não forneceu uma resposta direta, indicando que a questão seria discutida internamente nos órgãos adequados do partido.
A conferência de imprensa da Renamo ocorreu alguns dias após um membro do partido, Venâncio Mondlane, ter apresentado duas providências cautelares ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, exigindo que a Renamo realizasse o seu congresso e anulasse as decisões do Presidente Ossufo Momade.
Sobre este assunto, a Renamo apenas declarou que irá pronunciar-se oportunamente. O partido também expressou preocupação com os recentes casos de sequestros no país.