Rasaque Manhique, o novo presidente do Município de Maputo, assumiu o cargo com a promessa firme de combater a corrupção e o despesismo dentro da autarquia, mesmo que isso signifique a destituição de altos dirigentes municipais.
Numa cerimónia que seguiu o protocolo padrão das 65 autarquias do país, Manhique recebeu as pastas de seu antecessor, Eneas Comiche, diante de uma audiência composta por políticos, líderes religiosos, membros da sociedade civil e cidadãos da capital.
O novo líder, o quarto na história da autarquia de Maputo, delineou uma visão de excelência para atender às necessidades dos mais de um milhão de habitantes da cidade. Num discurso ovacionado pelos presentes, Manhique enfatizou a importância de não desperdiçar os recursos públicos com gastos supérfluos, especialmente quando a população enfrenta dificuldades diárias.
Além de prometer uma gestão eficiente dos recursos municipais, Manhique destacou a urgência de lidar com questões como a erosão, as inundações urbanas e a corrupção. Ele assegurou que não hesitará em tomar medidas drásticas, incluindo a demissão de altos funcionários, para erradicar a corrupção na autarquia.
O novo presidente também enfatizou a importância de uma maior proximidade entre a autarquia e os munícipes, criticando práticas burocráticas que dificultam o acesso aos serviços municipais.
Enquanto isso, o antecessor Eneas Comiche agradeceu o apoio dos cidadãos e destacou os projetos realizados durante o seu mandato. Ele mencionou a construção de um silo-auto e anunciou planos para mais três, além de melhorias na infraestrutura de transporte para o distrito municipal KaNyaka.
A cerimónia de posse do presidente do Conselho Municipal foi precedida pela investidura de 70 dos 71 membros da Assembleia Municipal. O único ausente foi Venâncio Mondlane, cabeça-de-lista da Renamo, enquanto Maria Nhancale, da bancada da Frelimo, foi eleita Presidente da Assembleia Municipal.