Na quarta-feira, Beatriz Alberto Nhaulau, representante da Frelimo, foi eleita presidente da Assembleia Municipal da Matola com 38 votos, equivalentes a 72,77% dos votos. Ela assume o cargo em substituição a Vasco Mutisse.
O seu oponente, Alberto Nhaúngue da Renamo, obteve 32 votos (48,61%), enquanto 3 votos foram considerados nulos.
Curiosamente, apesar da Frelimo deter 37 assentos na Assembleia Municipal, Nhaulau recebeu 38 votos. Isso significa que um dos votos veio de um membro da Renamo ou do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que não apresentou candidato para a mesa da Assembleia Municipal.
Para o cargo de vice-presidente da mesa, Tomo Cardoso, também da Frelimo, foi eleito com 37 votos (51,39%). O mesmo número de votos foi obtido por Titos Vilanculos, da Frelimo, para o cargo de secretário-geral do mesmo órgão municipal.
Com estes resultados, todos os membros da mesa da Assembleia Municipal da Matola são da Frelimo.
A eleição de Beatriz Nhaulau marca um momento histórico para a Matola, sendo a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente da Assembleia Municipal. Este feito representa um passo importante na luta pela igualdade de género e representatividade das mulheres na política moçambicana.
Adicionalmente, a vitória da Frelimo em todos os cargos da mesa da Assembleia Municipal consolida o domínio do partido na região. A obtenção de um voto a mais do que os assentos que detém levanta questões sobre a possível adesão de um membro da oposição à Frelimo ou a abstenção de um dos seus membros.
A eleição de Nhaulau também indica a força da Frelimo na Matola, mesmo com a Renamo obtendo um número significativo de votos (48,61%). Isso demonstra a competitividade do cenário político local e a necessidade de constante diálogo e busca de consenso entre os partidos.
Em suma, a eleição de Beatriz Nhaulau é um marco histórico para a Matola e para Moçambique, simbolizando o avanço da representatividade feminina na política e a importância do debate e da participação democrática.