As três empresas indianas que participam no projeto de pesquisa e exploração de hidrocarbonetos na Área 1 da Bacia do Rovuma, em Moçambique, garantiram que vão retomar as atividades o mais rápido possível.
Para o efeito, irão injectar 13 bilhões de dólares norte-americanos, que correspondem a 30% do investimento global aplicado no megaprojeto, operado pela TotalEnergies.
O anúncio foi feito pelo Ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique, Carlos Zacarias, no final de três encontros que o Presidente da República, Filipe Nyusi, manteve com representantes das empresas indianas e com o Secretário de Estado de petróleo e gás da Índia.
Sem indicar datas, Zacarias garantiu que foi estabelecido um cronograma para o retorno dos investidores indianos à Bacia do Rovuma. Também foram definidas todas as ações necessárias para o rápido reatamento das atividades na Área 1.
“Foi um encontro bastante cordial e que mostra que as duas partes (governo e parceiros) estão totalmente comprometidas para o retorno, o mais breve possível, das atividades na Área 1 da Bacia do Rovuma”, frisou o ministro.
“Como sabe este é um projeto muito importante tanto para Moçambique como para os parceiros e é interesse de todos que o mesmo seja retomado”, acrescentou.
Ainda em Gujarat, no âmbito da diplomacia económica, o Presidente Nyusi reuniu-se com os representantes da Jindal, empresa indiana que opera na área carbonífera, na província de Tete.
Na audiência, os representantes da Jindal afirmaram que vão incrementar os níveis de produção e transporte do carvão através da linha-férrea até ao porto de Nacala.
O Presidente Nyusi cumpre hoje o segundo dia de trabalho na Índia. À tarde, discursará no Fórum de Negócios Moçambique-Índia, antes de se reunir com a diáspora moçambicana no país.
O anúncio do retorno das atividades na Área 1 da Bacia do Rovuma é uma notícia positiva para Moçambique. O projeto tem o potencial de gerar bilhões de dólares em receitas para o país e criar milhares de empregos.
O compromisso dos investidores indianos de injectarem 13 bilhões de dólares no projeto é um sinal de confiança na economia moçambicana.
O retorno das atividades também é importante para a segurança energética de Moçambique. O país é um exportador de petróleo e gás, e a Área 1 é uma das maiores reservas de gás natural do mundo.
O Presidente Nyusi está a fazer uma visita à Índia com o objetivo de fortalecer as relações económicas entre os dois países. O anúncio do retorno das atividades na Área 1 da Bacia do Rovuma é um resultado concreto dessa visita.