Destaque Renamo nega acusações de Manuel de Araújo

Renamo nega acusações de Manuel de Araújo

Manuel de Araújo acusou os membros da Comissão Política da Renamo, de obrigar as autarquias sob sua gestão, a desviar dinheiro em benefício daquela formação política.

O Porta-voz da Renamo, José Manteigas, disse esta segunda-feira, em conferência de imprensa, que os pronunciamentos de Manuel de Araújo constituem uma mentira encomendada, com a pretensão dolosa de manchar e caluniar o partido.

O porta-voz do partido, José Manteigas, deixou a seguinte recomendação. “Que se passe a pagar cotas como forma de ajudar o partido a resolver alguns problemas, como, por exemplo, da Delegação Política da Cidade de Quelimane. Nessa reunião, estiveram presentes os autarcas da cidade de Quelimane e o edil estava ausente, ou seja, estava fora da cidade”, disse o porta-voz do partido.

E mais, segundo a segunda maior força política do país, o pagamento de cotas ou qualquer apoio “é uma prática comum, lícita e recomendável em qualquer partido político, porque é disso que se mantém o funcionamento do partido”.

José Manteigas recorreu ao passado para recordar que a mesma questão já tinha sido esclarecida “em Abril passado, numa reunião dirigida pelo secretário-geral numa reunião que decorreu na delegação política provincial, onde o senhor Manuel de Araújo esteve presente e foi uma grande oportunidade para o senhor Manuel de Araújo esclarecer-se”.

Mas o partido Renamo, não só sai em defesa própria, como contra-ataca. “Os pronunciamentos deste membro constituem autênticas mentiras encomendadas e pretensão dolosa de manchar e caluniar o partido Renamo e seus quadros.”

A terminar, a Renamo reiterou que tem um Presidente e órgãos abertos para o debate das questões internas, mas decidiu chamar a imprensa para responder nas mesmas proporções em que o problema foi levantado. A conferência de imprensa foi concluída com a seguinte advertência: “exortamos o nosso membro Manuel de Araújo a concentrar-se na resolução dos problemas da autarquia, a ser mais proactivo e a fazer-se mais presente”.

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No que diz respeito à democracia interna, Manteigas defendeu que ela existe e apontou os seguintes exemplos. “O Senhor Manuel de Araújo, eleito edil de Quelimane, passou por uma eleição interna de candidatos. O Senhor Manuel de Araújo é membro do Conselho Nacional eleito no sexto Congresso, em Janeiro de 2019. O senhor Manuel de Araújo, mesmo exercendo o cargo de edil de Quelimane, encabeçando a lista da Renamo, o partido permitiu candidatar-se à cabeça-de-lista, para o cargo de governador da província da Zambézia, processo que contou com três candidatos. Porque ele obteve a maioria dos votos, o partido Renamo e seu presidente respeitaram a democracia interna e aceitaram a sua candidatura. O senhor Manuel de Araújo, outrora, foi deputado da Assembleia da República, pela Bancada Parlamentar da Renamo na 6ª Legislatura e sem qualquer explicação, em 2011, concorreu para as intercalares e em 2013 para as eleições municipais pelo partido MDM, isto é, saiu da Renamo por livre e espontânea vontade, decisão respeitada pelo nosso partido. Depois pediu para voltar, onde encabeçou a lista do partido para as autarquias, como resultado de eleições internas. Como pode a mesma pessoa dizer que não há democracia interna?”, questionou ao terminar.