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Rebeldes ameaçam depor filho de Presidente do Chade que assumiu poder após morte do pai

Os rebeldes ameaçaram depor o filho do Presidente do Chade, que faleceu na terça-feira (20), depois de aquele ter assumido a liderança do país para o período de transição, até às próximas eleições.

No entanto, os rebeldes levantaram o espetro de uma luta de poder potencialmente violenta, de acordo com a agência de notícias britânica Associated Press.

A incerteza é grande sobre quão longe estão os rebeldes de N’Djamena e se os militares permaneceriam leais a Mahamat Idriss Déby, no rescaldo da morte do seu pai, após três décadas no poder.

O grupo rebelde que os militares culparam pela morte do Presidente Idriss Déby Itno, disse que as suas forças estavam “a dirigir-se para N’Djamena neste preciso momento”.

O “Chade não é uma monarquia”, disse, em comunicado, o grupo conhecido como Frente para a Mudança e a Concórdia no Chade. Por isso, “não pode haver uma sucessão dinástica de poder no país”.

A afirmação do grupo de que estava a avançar em direcção à capital não pôde ser confirmada por fontes independentes, mas gerou imediatamente o pânico em N’Djamena, cidade que outro grupo rebelde atacou em 2008.

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Responsáveis do Conselho Militar de Transição, liderado pelo filho de Idriss Déby Itno, disseram que a luta ainda não tinha terminado pelo controlo do país.

A situação de segurança permanece muito grave dada a persistência e magnitude da ameaça terrorista”, afirmou o vice-presidente do Conselho, Djimadoum Tiraina, acrescentando que os militares devem agora “evitar que o país se afunde no caos e na anarquia”.

O porta-voz militar do Chade disse que o Presidente morreu durante uma visita às linhas da frente da batalha contra o grupo rebelde. Os rebeldes estavam baseados na vizinha Líbia até ao início deste mês, mas, segundo as autoridades, terão atravessado para o Chade no dia das eleições no país, 11 de Abril.

O Presidente Déby tinha sido reeleito para um sexto mandato, após ter enfrentado nas eleições uma oposição mínima, depois de vários opositores terem optado por não participar, prevendo que a votação fosse fraudulenta.