Internacional Brasil: Polícia Federal investiga negócios do filho mais novo de Bolsonaro

Brasil: Polícia Federal investiga negócios do filho mais novo de Bolsonaro

A Polícia Federal do Brasil está a investigar os negócios de Jair Renan Bolsonaro de 22 anos, o quarto filho do Presidente Bolsonaro, devido a indícios que apontam para a possibilidade de o governo do Brasil ter favorecido os interesses empresariais.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, no inquérito aberto pela Polícia Federal, procura perceber de que modo uma empresa do jovem Jair Bolsonaro poderá ter beneficiado ilicitamente da actuação do governo, liderado pelo pai.

O inquérito surge depois de, nos últimos meses, os meios de comunicação social brasileiros terem dado conta de uma série de comportamentos empresariais suspeitos de Jair Renan.

Em Novembro, a revista Veja publicou um artigo sobre a fundação da “Bolsonaro Jr Eventos e Mídia”, a empresa do quarto filho de Bolsonaro. Nessa altura um dos parceiros de Jair Renan, líder de uma empresa fornecedora de pedra, deixou no ar a expectativa de que a parceria com o filho de Bolsonaro lhe poderia facilitar o acesso a um projecto de construção de habitações ao abrigo de programas do governo federal — o que, de facto, aconteceu.

Recomendado para si:  Paquistão: Explosão de carro-bomba em Quetta mata pelo menos oito e fere vários

Mais recentemente, o Globo destacou que o filho de Bolsonaro recebeu um carro eléctrico avaliado em 13,4 mil euros da empresa antes de o negócio ter sido facilitado. Já a Folha de São Paulo noticiou que a tal festa de inauguração da empresa de Jair Renan foi organizada a título gratuito por uma empresa de comunicação corporativo que trabalha habitualmente com o governo federal.

Jair Renan é o quarto filho de Bolsonaro a entrar na esfera da política e dos negócios públicos — e a família não tem estado isenta de controvérsias. Flávio Bolsonaro, o filho mais velho do Presidente brasileiro, ex-deputado do estado do Rio de Janeiro e actualmente senador, foi o que esteve no centro da maior polémica, tendo sido formalmente acusado de corrupção no final do ano passado.