O Ministério da Saúde considera que as movimentações constantes dos jovens e a não observância das medidas de prevenção são os motivos principais para a subida dos casos positivos do Coronavírus no país. Nas últimas 24 horas, mais três pessoas foram infectadas com a COVID-19 e o número total subiu para 107 pessoas.
Mesmo com o estado de emergência em vigor no país, anunciado inicialmente em Abril e prorrogado estre mês de Maio, bem como o não cumprimento das recomendações de prevenção à COVID-19, entre elas a que refere a ficar em casa, o que faz com que muitos cidadãos nacionais, com destaque para jovens, se façam à rua, e alguns deles sem usar as máscaras, é o principal motivo encontrado pelo Ministério da Saúde para a subida de casos positivos do novo coronavírus no país.
De acordo com Sérgio Chicumbe, director nacional de observação de saúde no Instituto Nacional de Saúde, o jovem “é o perfil actual dos que contraem coronavírus no país”. Até porque este aumento dos casos positivos “tem que ver com os indivíduos que se movimentam muito, muitos deles sem motivo nenhum, mas outros que tem que trabalhar, que se encontram numa posição propensa a serem contaminados com a doença”, segundo Chicumbe, que se mostra preocupado e por isso alerta: “Não queremos que esses jovens levem a doença à casa, pois se pode se tornar mais viral e e ai veremos mais idosos e pessoas com doenças crónicas a serem contaminadas”.
E as contaminações continuam no país e esta quarta-feira mais três casos positivos foram anunciados, todos de moçambicanos, sendo um com sintomas leves e dois sem sintomas. Dos da cidade de Maputo, os dois são do sexo masculino, sendo um de 29 anos de idade e com sintomas leves e outro de 40 anos de idade, sem sintomas. Este último, tal como o testado no Centro Transitório de Mangwaza, na Moamba, fazem parte de um grupo de moçambicanos repatriados da República da Africa do Sul. Este terceiro, é moçambicano, do sexo masculino e de 34 anos de idade. É o segundo caso da província de Gaza, onde cumpre neste momento o seu isolamento domiciliário. “Informar ainda que, dos casos hoje reportados, neste momento decorre o processo de mapeamento dos seus contactos”, disse Rosa Marlene, directora nacional de saúde pública.
Assim, actualmente, o nosso País conta com 107 casos positivos registados, sendo 95 de transmissão local e 12 casos importados.
Em termos de recuperados, mais um cidadão ficou livre da doença, nomeadamente “o caso 14 da Cidade de Maputo, de nacionalidade moçambicana, do sexo masculino e de 39 anos de idade. O referido indivíduo, cursou sem sintomatologia e cumpriu isolamento domiciliar, durante o período da doença”, esclareceu a directora nacional de saúde pública.
Quanto aos recuperados, Moçambique conta com 35 pacientes totalmente recuperados, e não há registo de óbitos, como resultado da COVID-19. Ou seja, em termos práticos, 72 pessoas continuam com o coronavírus activo no país.
Regressados que viajaram a Gaza podem ser retestados
Entretanto, e porque os dois moçambicanos que se encontram na província de Gaza a cumprir o isolamento domiciliário, viajaram antes de saberem do seu estado em relação a doença, o MISAU diz que poderá voltar a testar todos que estiveram com eles nos autocarros para Xai-xai. Sérgio Chicumbe diz que “todos foram transportados na máxima segurança, em carros previamente organizados e depois de terminarmos a investigação que estamos a fazer e haver necessidade de voltar a testar as pessoas, ou então testarmos os que não forma testados ainda, para evitar possíveis contaminações”.
Relativamente aos casos de Inhambane e Sofala, ainda não há conclusões em relação a sua possível contaminação. Aliás, as equipas indicadas pelo Ministro da Saúde para as províncias, já klá se
O Ministério da Saúde reconhece as dificuldades do uso de máscaras por parte de pessoas com problemas respiratórios, mas recomenda:
Ao todo, 4.740 pessoas já foram testadas em Moçambique, das quais 359 nas últimas 24 horas, que deram em 107 casos positivos, dos quais 95 de transmissão local e 12 importados.